REPRESSÃO QUALIFICADA

Quadrilha ligada a pirâmides financeiras é alvo de operação da polícia

Entre os crimes praticados pela quadrilha, estão estelionato e lavagem de dinheiro

JC Online
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Publicado em 04/01/2018 às 6:20
Foto: Divulgação/Polícia Civil
Entre os crimes praticados pela quadrilha, estão estelionato e lavagem de dinheiro - FOTO: Foto: Divulgação/Polícia Civil
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A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (4) a operação “Necrópole de Gizé”, que investiga associação criminosa ligada a três pirâmides financeiras. Esta é a primeira Operação de Repressão Qualificada do ano.

Os suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de associação criminosa, estelionato, crimes contra a economia popular e contra o consumidor, além de lavagem de dinheiro. Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão domiciliar. Foi encaminhado, também, um mandado de prisão preventivo para António Ferreira de Araújo júnior, de 41 anos, idealizador do golpe.

Fraude

Segundo a Chefia de Polícia, a quadrilha criou uma casa de câmbio chamada Bank Invest, onde as pessoas de classe-média alta investiam altas quantias de dinheiro. Além disso, o golpista prometia lucro de 188% de juros acima do que foi aplicado no investimento, mas se os clientes levassem mais pessoas para participar da pirâmide, ele prometia uma porcentagem superior. Com isso, os clientes, em vez de sacar o dinheiro, reinvestiam o que lucravam para tentar obter um retorno maior.

Os esquemas da quadrilha ficaram ativos até setembro de 2016, quando os pagamentos da pirâmide foram suspensos e todas as atividades da empresa foram encerradas, deixando mais de 100 vítimas descapitalizadas em todo Brasil e no exterior.

Operação

O idealizador do golpe está sendo ouvido na Chefia de Polícia. Bens como dois imóveis na Av. Boa Viagem, relógios caros e carros de luxo foram apreendidos.

No mês de novembro do último ano, sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Delegacia do Cordeiro, zona oeste do Recife, descobrindo-se que as empresas-alvo, em sua maioria, eram de “fachada”. Uma delas era criada exclusivamente para coordenar os golpes. As contas bancárias do detido e de outros três investigados, que continham R$ 1 milhão, foram bloqueadas por determinação judicial desde novembro.

Cerca de 35 policiais civis estão participando da operação, que está sendo supervisionada pela Chefia de Polícia e coordenada pela Diretoria Integrada Metropolitana (DIM). O delegado da 6ª Circunscrição, do Cordeiro, efetuou as investigações.

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