Conscientizar jovens sobre o risco de transmissão do zika vírus pela relação sexual é o principal objetivo da caravana Mais Fortes que a Zika, que começa em Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco, segunda-feira. Em seguida, a mobilização segue para Caruaru (Agreste), Olinda, Petrolina (Sertão) e Recife. O trabalho de orientação à população inclui programação com shows, musicais, teatro e vídeos exibidos no palco móvel do Som na Rural, capitaneado pelo agitador cultural Roger de Renor.
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O projeto, do Fundo PositHIVo, financia trabalhos de organizações não governamentais pernambucanas nas cinco cidades por onde a caravana passará. O investimento é de R$ 40 mil para cada iniciativa, totalizando R$ 200 mil em recursos para a ação de conscientização e prevenção de uma doença associada à explosão dos casos de síndrome congênita do zika, que tem a microcefalia como manifestação mais conhecida.
“Com a ferramenta do teatro e da música, a caravana cultural vai estimular o debate sobre o tema nas comunidades e divulgar o projeto Saúde Sexual e Reprodutiva no Contexto do Zika Vírus”, diz o coordenador-geral do Fundo PositHIVo, Harley Henriques, que mobilizou recursos para financiar os cinco projetos no Estado. A instituição, que trabalha no campo do HIV/aids e das hepatites virais, tem sede em São Paulo e apoia organizações da sociedade civil que oferecem serviços a comunidades.
O Instituto Mara Gabrilli, a Casa da Mulher do Nordeste, o Grupo Curumim Gestação e Parto, o Grupo de Trabalho em Prevenção Positivo (GTP+) e o Instituto Papai são os projetos contemplados com o financiamento. Cada entidade vai desenvolver ações educativas em comunidades e escolas públicas, nos dias 20 e 26, nas cidades de Goiana e Caruaru, respectivamente. Já Olinda recebe a caravana dia 2 de dezembro. Em seguida, a ação passa por Petrolina no dia 14. A última parada da mobilização será no bairro do Totó, Zona Oeste do Recife, no dia 17.
Linha Direta
O Grupo Curumim ainda lança, na segunda-feira, em Goiana, a Linha Direta, um canal (telefone e mensagens por WhatsApp) com atendimento gratuito para esclarecer diariamente sobre direitos reprodutivos e sexuais. “Criamos uma campanha para veicular em todo Estado, levando informações às mulheres sobre seus direitos, especialmente às mulheres em situação de vulnerabilidade social, que são as que mais sofrem com as epidemias e suas complicações”, explica uma das coordenadoras do Grupo Curumim, Paula Viana.