Fito

Festival Internacional de Teatro de Objetos já movimenta o Recife

Ações filantrópicas marcam a semana pré-Fito na capital de pernambucana. O festival começa oficialmente nesta quinta (13) e segue até domingo (16)

Mateus Araújo
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Mateus Araújo
Publicado em 12/09/2012 às 6:15
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Ao mesmo tempo em que uma linha tênue e complexa distancia o teatro de objetos do teatro de bonecos e de animação, uma unanimidade classifica o primeiro gênero como encantador e surpreendente. A prova disso está nas apresentações de 12 grupos, que acontecem no Recife, esta semana, no Festival Internacional de Teatro de Objetos (Fito).  Embora oficialmente o evento só comece para o grande público sexta-feira, uma programação especial já movimenta a cidade desde ontem. Nesta quarta (12), às 14h, o espetáculo Transporte excepciona pode ser visto no Hospital Ulysses Pernambucano, na Tamarineira, e na quinta (13) há a pré-estreia, só para convidados, na Casa da Indústria.

Transporte excepcional, na verdade, compõe uma lista de 60 apresentações que o Fito traz à capital pernambucana. Por onde passa, o festival recebe elogios não só pela qualidade das montagens apresentadas como também pela estrutura que oferece ao público. Nesta edição, o festival itinerante, que já percorreu oito cidades brasileiras, conta com um sistema de acessibilidade e de legendagem.

Paralelos à programação teatral, no Marco Zero, vão acontecer dois shows. Na sexta e no domingo, às 21h30, Naná Vasconcelos – presente no Fito desde o ano passado – apresenta Guarda som, que criou especialmente para o festival. No sábado, no mesmo horário, é a vez de Hermeto Pascoal tocar.

SEMANA PRÉ-FITO - O mesmo corredor por onde diariamente passam crianças doentes, na enfermaria pediátrica do Hospital Barão de Lucena, se transformou em um improvisado teatro para receber, na última terça (11), uma das ações filantrópicas que integram a programação do Festival Internacional de Teatro de Objetos (Fito). Cerca de 30 pessoas, entre pacientes, acompanhantes, médicos e funcionários do hospital, assistiram à apresentação do espetáculo Tempestade num copo d’água, do grupo Shakespeare Women Company (Portugal/Argentina).

Em cena, as atrizes Ana Cloe e Tereza Macedo contam uma história de aventura ilustrada com objetos, e guiada pela tempestade, pelo sol e a chuva. As belas atrizes, além de uma excelente interpretação, também encantaram a plateia com canções entoadas com um típico sotaque português. Encanto retribuído com aplausos e sorrisos de quem acompanhou com interesse cada cena.

Segundo o estudante de medicina Guilherme Gesteira, que trabalha no Barão de Lucena, a ação, quebra a visão hostil e nociva que as crianças têm do hospital, ajudando no tratamento delas. “Esses meninos estão aqui fragilizados, sendo cuidados por pessoas estranhas. E esses momentos transformam a internação em algo mais humano. Deprimidas, elas não se alimentam bem, e quando acontece uma coisa como essa, há mais entrosamento, mais abertura”, afirma.

Tempestade num copo d’água é encenada no Fito, no Marco Zero, neste final de semana. Todas as apresentações são gratuitas.

Leia a matéria completa no Caderno C desta quarta (12).

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