INAUGURAL

Esculturas de Corbiniano Lins são expostas no Sesc Santo Amaro

A galeria da unidade, que recebeu o nome do artista, abre ao público nesta terça-feira

Do JC Online
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Publicado em 07/09/2015 às 6:30
Ricardo B. Labastier/JC Imagem
A galeria da unidade, que recebeu o nome do artista, abre ao público nesta terça-feira - FOTO: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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A escultura do artista plástico pernambucano Corbiniano Lins é celebrada em uma exposição que o público pode visitar a partir de amanhã, na recém-inaugurada Galeria de Arte Corbiniano Lins, no Sesc Santo Amaro. Silêncio da Forma foi pensada com curadoria de Bruna Pedrosa e o título da mostra conecta referências às criações do artista e a características da personalidade dele. "Falamos em silêncio por ele ser essa pessoa tão contida. Isso não é algo apenas da personalidade dele, mas de como ele é enquanto artista. Corbianiano é tímido, muito simples", afirma Bruna.

Corbiniano é mesmo muito discreto. Na solenidade de abertura da galeria, sexta-feira passada, ele foi sucinto: "Para todos vocês, meu muito obrigado", disse, antes de puxar a fita na porta da galeria. Depois, circulou pela exposição e recebeu os cumprimentos com sorrisos na sala em frente.

Bruna foi curadora de uma retrospectiva do artista no Museu Murillo La Greca (Corbiniano - 65 anos de arte, inaugurada em 2014). "Recebi o convite do Sesc também por conta desta relação que já tinha com ele e dei outro enfoque nesta mostra de agora. Na retrospectiva, tínhamos todas as faces da produção dele, as esculturas, peças bidimensionais, xilografias, desenhos e até tapeçaria. Aqui, escolhi focar na tridimensionalidade até pela própria relação com o fato de ser um espaço do Sesc, que vem adquirindo esculturas dele", afirma Bruna.

A montagem da exposição, que permanece na galeria até o dia 15 de dezembro, dialoga com a temática do silêncio citada no título. As bases que comportam as esculturas são bastante discretas e as peças ficam concentradas na parede e no meio da sala, entre uma cronologia traçada com linhas simples e a grande janela de vidro. "É como se a gente pudesse olhar as esculturas como a gente vê Corbiniano. Existe um silêncio, mas também todo aquele conteúdo que é expressado na forma, nas esculturas", compara a curadora.

Na entrada da exposição, um cubo de isopor (material usado por Corbiniano na fase dos moldes) guarda uma das esculturas. O som que se escuta, do isopor sendo trabalhado, foi extraído do documentário Corbiniano(2014), dirigido por Cezar Maia, exibido no local.

 

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