EXPOSIÇÃO

Casato Bistrô abre exposição inspirada em Clarice Lispector

'Essa Dura Água que é o Espelho' reúne 30 imagens de Isabela Cribari e Silvia Laurentino

NATHÁLIA PEREIRA
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NATHÁLIA PEREIRA
Publicado em 15/06/2016 às 8:40
Isabela Cribari/Divulgação
'Essa Dura Água que é o Espelho' reúne 30 imagens de Isabela Cribari e Silvia Laurentino - FOTO: Isabela Cribari/Divulgação
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Tomando como inspiração a obra Água Viva, da escritora Clarice Lispector, a cineasta Isabela Cribari e a neurologista Silvia Laurentino abrem, às 19h de hoje, a mostra fotográfica Essa Dura Água que é o Espelho, no Casato Bistrô, bairro das Graças. Versos presentes no livro, como “Em algum lugar do mundo deve haver uma mina de espelhos? Espelho não é coisa criada e sim nascida...” serviram como ponto de partida para a captura das 30 imagens que compõem a exposição. 

Nos retratos, paisagens, cenas do cotidiano e personagens anônimos de lugares como a Amazônia, Grécia, África e o Sertão Nordestino estão registrados através de experimentações com a arte fotográfica - foram captadas através de vidros ou sob a superfície da água, por exemplo. O resultado foi transposto para suportes tanto tradicionais, papéis e telas, quanto para os pouco usais: vidro, acrílico, e, claro, espelhos.

Cineasta com mais de 25 anos de experiência, Isabela Cribari já produziu mais de 100 filmes, entre eles, o documentário De Profundis, ganhador do Prêmio Canal Brasil de Melhor Filme no festival É Tudo Verdade, em 2015. Expondo seu trabalho como fotógrafa pela primeira vez, ela explica que cinema e fotografia costumam estar interligados em suas produções. “Gosto de fotografar as cenas, making ofs, uma espécie de espelho que quase nunca é visto pelo público. A cidade que fotografo é meio esse making of, a cidade que se diluí, líquida, mas não liquidada”.

Ela afirma que suas fotos e as de Silvia têm abordagens diferentes, mas que se complementam quando juntas. “As imagens dela são claras, precisas, se apropriam do real com intenção não somente de mostrar, mas demonstrar, é um olhar, onde a beleza está na clareza, e a partir dessas duas visões, o público reconhecerá sua própria imagem”, detalha. Essa Dura Água que é o Espelho fica aberta à visitação até o final do mês de junho, com acesso gratuito.

Psicanálise

Além da abertura da expo, a noite também será uma oportunidade para compreender os aspectos científicos da Psicanálise, com o lançamento do livro Psicanálise: Igual-Desigual, de Rachel Rangel, que conta com prefácio escrito por Isabela Cribari e apresentação de Roberta Aymar.

A obra de Rangel, que é psicanalista, mestre em Antropologia e fundadora da Instituição Psicanalítica Internacional (IPSI), tem o neurologista Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise, como um de seus alicerces para a discussão partir da pergunta central “Pode a Psicanálise se considerar uma ciência?”.

Na ocasião, também haverá uma palestra ministrada pelo psicanalista e mestre Dr. Ivan Correa, responsável por orientar o trabalho da autora. A conversa acontecerá no auditório do Casarão Toyolex.

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