Um juiz de Los Angeles rejeitou nesta sexta-feira encerrar o caso de agressão sexual contra o cineasta franco-polonês Roman Polanski, tal como pediu há alguns meses Samantha Geimer, a suposta vítima.
O juiz Scott Gordon tomou a decisão para proteger os interesses de Geimer, que suplicou ao magistrado que arquive o caso para que possa seguir adiante com sua vida. A mulher tinha 13 anos quando foi violentada, em 1977.
Leia Também
- Roman Polanski voltará aos EUA para acordo sobre estupro de menor
- Roman Polanski desiste de presidir o Oscar francês
- Feministas protestam contra escolha de Polanski para presidir César
- Polônia vai reabrir processo de extradição de Roman Polanski
- Justiça polonesa rejeita em definitivo a extradição de Polanski aos EUA
Polanski, que completou 84 anos nesta sexta-feira, fugiu dos Estados Unidos em 1978 após se declarar culpado de ter tido relações sexuais com uma menor de idade, pouco antes de que sua sentença fosse emitida.
"Imploro que considere finalmente encerrar este caso como um ato de misericórdia para mim e minha família", que vêm suportando um suplício extenuante há 40 anos, pediu Geimer, em junho, a Gordon, juiz da Corte Superior de Los Angeles.
INTERESSE SOCIAL
O magistrado argumentou na decisão que, apesar de que o encerramento do caso ajudaria Geimer, a sociedade tem interesse em que se faça justiça, "o que só será possível com a continuação da acusação neste caso".
Gordon acrescentou que a recusa de Polanski de enfrentar a justiça foi a causa da angústia constante de Geimer, e não os tribunais.