O cineasta franco-polonês Roman Polanski considerou como "assédio", nesta sexta-feira (4), a decisão de sua expulsão, anunciada no dia anterior, da Academia americana do Oscar - informou à AFP seu advogado polonês, Jan Olszewski.
A Academia das Artes e Ciências Cinematográficas anunciou as expulsões de Polanski, de 84 anos, que admitiu uma relação sexual ilegal com uma menor de 13 anos há quatro décadas, e do ator Bill Cosby, sentenciado por agressão sexual.
Em um breve comunicado, a Academia de Hollywood indicou que, em uma reunião dos 54 membros de seu conselho, em 1º de maio, decidiu-se expulsar Cosby e Polanski com base no código de conduta lançado em dezembro.
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"O que aconteceu tem a característica de abuso psicológico a nosso cliente, uma pessoa idosa. Colocar Bill Cosby e Roman Polanski no mesmo nível é uma total incompreensão, perseguição", afirmou Olszewski.
"Polanski teve apenas um incidente (desse tipo) em sua vida, pelo qual foi considerado culpado, assumiu a responsabilidade, e pelo qual sua vítima o perdoou", disse o advogado.
VÍTIMA
Na quinta-feira, em seu blog, Samantha Geimer, a vítima de Polanski, descreveu a expulsão como um "ato cruel que só serve às aparências".
"Isso não contribui em nada para mudar a cultura sexista em Hollywood e prova que eles comeriam uns aos outros para sobreviver", afirmou.
"Roman é um homem psicologicamente forte. Ele já viveu coisas (ruins) em sua vida, e não está feliz. Está chocado com a decisão da Academia", acrescentou Olszewski.