Luto

Cineasta italiano Ermanno Olmi morre aos 86 anos

Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, o diretor Ermanno Olmi era autodidata e pioneiro no gênero documental

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Publicado em 07/05/2018 às 8:54
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Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, o diretor Ermanno Olmi era autodidata e pioneiro no gênero documental - FOTO: Foto: AFP/Reprodução
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O cineasta italiano Ermanno Olmi, Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1978 com A Árvore dos Tamancos, faleceu aos 86 anos, anunciou o ministério italiano da Cultura.

Olmi, um cineasta autodidata e pioneiro do gênero documental, estava doente há vários anos e faleceu no domingo no hospital de Asiago, perto de Vicenza (norte da Itália).

"A morte de Ermanno Olmi deixa a cultura italiana sem um gigante, um grande mestre do cinema italiano", afirmou o ministro da Cultura, Dario Franceschini.

"Foi um intelectual profundo que sondou e explorou os mistérios do homem e explicou, com a poesia que caracteriza suas obras, a relação entre o homem e a natureza, a dignidade do trabalho, a espiritualidade", completou o ministro.

Carreira

Olmi nasceu em Bérgamo em 24 de julho de 1931 e dirigu quase 40 curtas-metragens e 20 longas-metragens, incluindo A Árvore dos Tamancos ("L'albero degli zoccoli"), um filme quase documental sobre a vida de quatro famílias de camponeses pobres no fim do século XIX.

O filme, considerado uma grande obra do cinema italiano, venceu a Palma de Ouro em Cannes em 1978 e o César de filme estrangeiros na França um ano depois.

Olmi criou um estilo muito pessoal e passou por vários formatos cinematográficos, incluindo o religioso em Cammina Cammina (1982), no qual contava a história dos reis magos com atores não profissionais.

Em 1987 recebeu o Leão de Prata do Festival de Veneza com "Lunga vita alla signora" e em 1988 venceu o Leão de Ouro com a A Lenda do Santo Beberrão, baseado em um conto de Joseph Roth.

Vinte anos depois recebeu o Leão de Ouro pelo conjunto de sua carreira

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