LITERATURA

Mariposa Cartonera lança quatro livros

Samarone Lima, Astier Basílio, Lima Trindade e Gustavo Rios autografam nesta quarta (27/5) suas obras, que saem pela editora artesanal pernambucana

Do JC Online
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Publicado em 27/05/2015 às 11:45
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Samarone Lima, Astier Basílio, Lima Trindade e Gustavo Rios autografam nesta quarta (27/5) suas obras, que saem pela editora artesanal pernambucana - FOTO: Divulgação
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Conhecida por suas edições artesanais e acessíveis, a editora Mariposa Cartonera apresenta nesta quarta (27/5), a partir das 20h, na sede da Liga Cartonera, na Casa Astral, quatro novos títulos da sua coleção de autores contemporâneos. Em parceria com quatro outros selos cartoneros – que, assim como a Mariposa, fazem edições com capas de papelão, encadernação artesanal e artes exclusivas na capa –, a ideia é fortalecer a rede de colaboradores do sistema.

As novas obras são de Samarone Lima, Astier Basílio, Lima Trindade e Gustavo Rios, que estarão presentes. Cada uma tem um estilo próprio, justamente por essa colaboração com outras editoras pernambucanas. A Comissão Cartonera, da Bomba do Hemetério, imprimiu Allen mora no térreo, obra com seis contos do prosador baiano Gustavo; a Maracajá Cartonera encadernou Aceitaria tudo, com narrativas curtas do também baiano Lima Trindade, com lombada de borracha. O livro com o poema longo do autor cearense Samarone, Tempo de vidro, foi produzido pela Cartonera Do Mar e ganhou estilhaços de CDs para compor a capa, e a Pé de Letra, por sua vez, fez as capas do volume Falsas ficções, com histórias criadas pelo escritor e dramaturgo paraibano Astier Basílio.

“Nesses livros, nós entramos com a edição e com o projeto gráfico da coleção, feito por Patrícia Cruz Lima, mas a capa fica a cargo dos parceiros, e cada um tem seu jeito de criar e encadernar”, conta Wellington, editor da Mariposa e talvez o primeiro entusiasta do movimento em Pernambuco.

Ele confessa que já vê grupos cartoneros nascerem espontaneamente, através de resultados de oficinas – o que é um motivo para celebração. “Quanto mais cartoneras existirem, é melhor, porque há uma troca, os autores passam a fazer parte de um catálogo comum. Esses livros podem ser impressos e distribuídos depois em Garanhuns ou em cidades que não têm nem livraria, como Belo Jardim ou Lagoa dos Gatos”, conta o escritor e poeta, que é responsável pela venda das obras pela internet.

Mais do que edições de luxo e exclusivas, a ideia do movimento cartonero é difundir por um preço acessível (R$ 15 cada um, hoje, com o pacote dos quatro livros por R$ 50) livros artesanais e delicados, ele explica. “Não é uma moda, é uma alternativa viável, dentro da ideia de uma economia solidária”, ressalta Wellington. “Para mim, o movimento cartonero é talvez o mais importante da última década. É uma alternativa digna para o autor e mobiliza uma rede solidária. E é bastante atual porque surgiu na Argentina dentro de um contexto de crise econômica. É legal que ele continue florescendo no Brasil no meio na situação atual”.

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