A vida de Domitila de Castro, a histórica Marquesa de Santos e amante de Dom Pedro I, é o tema da ópera de câmara Domitila, que entra em cartaz hoje, às 20h, no Teatro Hermilo Borba Filho. No total, serão oito apresentações: de quarta à domingo, até o dia 11 de dezembro.
Vencedora do Prêmio Circuito Funarte de Música Clássica, a ópera foi composta em 2010 pelo carioca João Guilherme Ripper, atual presidente da Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Para escrever a peça, Ripper criou um tecido dramático baseado nas cartas trocadas entre Dom Pedro e Domitila compiladas no livro Cartas de Pedro I à Marquesa de Santos, de Alberto Rangel.
História
O foco de Domitila é o último dia da Marquesa de Santos na corte, fato descrito com dor e emoção em sua última carta à Pedro I. A separação do casal foi imposta pela Casa dos Bragança, que forçaram o jovem imperador a desposar não a que ele desejava e sim D. Amélia, que tinha sangue real – diferente de Domitila, que não era da nobreza.
“Presa em suas próprias lembranças, Domitila, através das cartas que guardou em seu subconsciente, revive repetidamente seus amores, angústias, alegrias e decepções, criando uma atmosfera densa e carregada de emoções”, detalha Luiz Kleber Queiroz, que assina direção cênica montagem, com direção musical de Antonio Nigro.
Musicalmente, a ópera é escrita para piano, violoncelo, clarinete e soprano. A voz ficará a cargo da cantora lírica carioca Neti Szpilmann e da pernambucana Tarcyla Perboire, que se revezam nos dias de apresentação. A também carioca Marisa Avellar, graduada em dança pela Faculdade Angel Vianna, é responsável pela Direção de Movimento.
