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Entrevista: Simone & Simaria comemoram sucesso nacional

Conhecidas como as Coleguinhas, irmãs cantoras analisam a carreira, falam de sofrência feminina e desmentem rixa com a dupla Maiara & Maraísa

Robson Gomes
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Robson Gomes
Publicado em 17/12/2016 às 5:00
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Conhecidas como as Coleguinhas, irmãs cantoras analisam a carreira, falam de sofrência feminina e desmentem rixa com a dupla Maiara & Maraísa - FOTO: Foto: Divulgação
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Violão e cachorro: se esses termos lembram alguma música, é reflexo do trabalho delas. “Vai, Coleguinha!” também é uma expressão dessas cantoras baianas, que começaram como Pirralha & Pirralhinha, as backing vocals de Frank Aguiar. Hoje, Simone & Simaria se destacam na música nacional, lançaram recentemente o CD e DVD Live (gravado ao vivo em Goiânia) pela Universal Music, e são atração do Tamandaré Fest, em Pernambuco, no dia 14 de janeiro. Em entrevista ao JC, as forrozeiras, que agora investem no sertanejo, falam sobre carreira e a nova fase musical.

ENTREVISTA // SIMONE & SIMARIA

JORNAL DO COMMERCIO – Vocês começaram no showbiz muito cedo e só agora veio o boom nacional. Eram, respectivamente, a Pirralha e Pirralhinha (as backing vocals) de Frank Aguiar. Qual a maior lembrança que vocês durante aqueles primeiros sete anos de vida artística?
SIMARIA –
Aprendemos muito durante todos aqueles anos que passamos como backing vocal. Uma das lembranças que sempre levamos com a gente era sobre a maneira como o Frank Aguiar recebia o público, os fãs. Uma pessoa sempre muito atenciosa com todos.

JC – Em seguida, vocês começaram a liderar como vocalistas no Forró do Muído, que teve grande repercussão, principalmente aqui em Pernambuco. Em que momento vocês perceberam que a banda era pequena demais para vocês duas?
SIMONE –
Quando começamos a cantar no Forró do Muído seria para tocar em festas, camarotes, aniversários... Acabou que ficamos fixas, aos domingos, em uma casa e começamos a conquistar o nosso público, fãs apaixonados pela gente, pela nossa música, que começaram a pedir um CD nosso. Com sete meses a banda estourou, o público entrava em nossas redes e falava “sigam a carreira de vocês”, nos incentivava. Foi neste momento que percebemos que devíamos seguir como Simone e Simaria.

JC – De Pirralhas, vocês passaram para Coleguinhas e hoje, seus nomes de batismo as identificam no Brasil inteiro. Vocês acreditam que vivem o auge da carreira?
SIMARIA –
Sim, vivemos um momento muito especial e importante na nossa carreira. Sempre sonhávamos em levar a nossa música de Norte a Sul do país e hoje, graças a Deus, estamos conseguindo. Temos muito a conquistar pela frente mas, com certeza, estamos felizes pela fase maravilhosa que estamos vivendo.

JC – Vocês começaram no forró, mas atualmente têm conversado muito com o sertanejo, principalmente neste novo CD e DVD. É uma mudança completa do ritmo que predomina nos shows da dupla Simone e Simaria?
SIMARIA –
Na verdade não foi uma mudança, é algo natural que vem acontecendo. O Bar das Coleguinhas trazia o nosso forró, que sempre cantamos e que é a nossa raiz profissional. Mas, ao mesmo tempo, nos permitiu termos a liberdade de cantar e mostrar um outro lado que o público não conhecia de Simone e Simaria, o sertanejo. Crescemos ouvindo e cantando sertanejo, herdamos muito isso do nosso pai – as primeiras letras de música, ídolos, tudo veio do sertanejo. Hoje em dia, com nosso trabalho independente, podemos levar para os nossos shows o que gostamos de cantar, a nossa verdade. Por conta disso, procuramos não nos rotular a nenhum gênero.

JC – Ainda sobre este novo álbum, vocês têm a dupla Bruno & Marrone como convidada. Como foi dividir o palco com esses grandes nomes do gênero sertanejo? E com quem vocês planejam cantar um dia e ainda não aconteceu?
SIMONE
– Dividir palco com Bruno e Marrone, de quem sempre fomos fãs, é a realização de um sonho. Vivemos um momento muito especial em nossa carreira que é, sem dúvida, poder estar ao lado de pessoas que admiramos. Temos aprendido muito com esses artistas.
SIMARIA – Hoje, nosso grande sonho é poder cantar com o rei Roberto Carlos.

JC – A parceria com Jorge & Mateus no Live já rendeu mais de 50 milhões de visualizações no canal de vocês no Vevo. Vocês imaginavam tamanha repercussão?
SIMARIA –
Quando recebi a música Amor Mal-resolvido, já pensei na hora nos meus grandes parceiros, Jorge e Mateus. Para todas as pessoas que eu mostrava a canção, arrancava um sorriso e a resposta era uma única “vai ser sucesso”. Não chegamos nem a trabalhá-la ainda e já tem mais de 50 milhões de views. É maravilhoso!

JC – As letras de vocês são repletas de indiretas para os homens, e muitas mulheres se identificam. Vocês sentiam que fazia falta às mulheres falarem mais abertamente sobre o que realmente sentem?
SIMARIA –
Sim, com certeza. Percebemos que nosso público é muito feminino e que sentia falta das mulheres poderem falar abertamente sobre todos os assuntos. Gosto muito de compor, sempre vejo o que as pessoas sentem e fazem no dia a dia e transmito isso para as nossas músicas. Falamos sobre superação, traição, amor, bebida... Elas sofrem, mas depois passa e fica tudo lindo. O chifre, por exemplo, é bom porque é através dele que você vê que a pessoa que estava ao seu lado não vale um real. É uma sofrência saudável. Os homem riem e se divertem com o nosso repertório, inclusive o nosso público masculino tem crescido de forma surpreendente.

JC – O sertanejo feminino está em alta. E com ele, veículos de mídia e seguidores de redes sociais conjecturam várias coisas, inclusive, brigas. Existe alguma faísca entre vocês e a dupla Maiara & Maraísa?
SIMONE –
Imagina! Nunca existiu briga ou faísca com nenhuma outra artista. Muito pelo contrário, somos super a favor de sugerem mais e mais duplas femininas, assim o “movimento” cria ainda mais força. Inclusive, Simaria até chegou a conversar com Maiara e Maraísa para tentarmos fazer algo juntas, mas a agenda está complicada.

JC – Para vocês, quem pode (e quem não pode) ser coleguinha de Simone & Simaria?
SIMONE E SIMARIA –
Queremos sempre “coleguinhas” que torçam e admirem o nosso trabalho perto da gente. O que não queremos, assim como ninguém gostaria também, é de ter por perto pessoas que desejam o nosso mal por perto.

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