CARNAVAL

De Gaby Amarantos a Tom Zé, Carnaval foi marcado por 'Fora, Temer'

Protestos também aconteceram no shows de Lenine, Jards Macalé, Eddie e BaianaSystem

JC Online
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Publicado em 01/03/2017 às 10:32
Foto: André Nery/ PCR
Protestos também aconteceram no shows de Lenine, Jards Macalé, Eddie e BaianaSystem - FOTO: Foto: André Nery/ PCR
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O Carnaval 2017 foi marcado por protestos contra o presidente Michel Temer. Tom Zé, que já havia feito três marchinhas e um samba sobre a operação Lava Jato, divulgou uma música pedindo o "Fora, Temer".

No show de Gaby Amarantos no Marco Zero, no sábado, o público puxou o coro de "Fora, Temer". A cantora emendou: "Por mais liberdade de expressão. Por mais respeito à diversidade. Por mais respeito a orientação sexual. Por mais respeito à diversidade religiosa. Pelo direito das mulheres, principalmente das mulheres negras. Pela luz, pela paz".

Gaby Amarantos também defendeu compromisso social ao cantar um medley de músicas que continham letras depreciativas à mulher em versões modificadas, como "Desconstroi Esse Tigrão", "A Bunda É Minha e Eu Rebolo Se Eu Quiser" e "Não Tolero Seu Assédio". Sou uma artista popular, mas acho que as letras precisam ter um conteúdo legal”, disse ela em entrevista antes de subir ao palco.

No show de Lenine, durante um breve silêncio para ajuste de som, o público também entoou o coro de Fora, Temer. O mesmo aconteceu no show da banda Eddie, em Olinda, e em diversos momentos do festival Rec-Beat, incluindo a apresentação de Jards Macalé.

POLÊMICA

A banda BaianaSystem também comandou um "fora, Temer" em seu trio elétrico Navio Pirata. "Machistas, golpistas, não passarão. Golpistas, machistas, não passarão. Fascistas, machistas, não passarão. Agora assim: fora...", disse o cantor Russo Passapusso. Os milhares de foliões completaram e repetiram algumas vezes: "Fora, Temer". 

A ação do BaianaSystem causou polêmica e repercutiu no Conselho Municipal do Carnaval (Comcar), que organiza e fiscaliza a festa em Salvador. 

De acordo com Pedro Costa, o presidente da entidade, os artistas devem seguir as orientações da organização, entre elas não fazer manifestações políticas, apologia às drogas ou violência.

"O carnaval é uma festa que tem regras. Já pensou se uma festa desse tamanho não tivesse regras? É uma festa que envolve praticamente toda população de Salvador. Uma das regras é não praticar racismo, homofobia e que não utilize ações políticas. Comentário pode, mas fazer apologia é algo que fere o código de ética. Como é que uma festa que simboliza a alegria, diversão se usa disso. Os artistas são proibidos de fazer isso", disse Pedro em entrevista ao portal G1.


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