A 22ª edição do Rec-Beat chegou ao fim terça-feira (23) em nota alta. Marcada pela diversidade sonora, a noite abarcou projetos artísticos instigantes, que, apesar de suas particularidades, compartilharam um ponto em comum: a aprovação do público.
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A pernambucana Flaira Ferro abriu a noite com show instigado, baseado no seu disco de estreia, Cordões Umbilicais. Acompanhada do trio Wassab - Juliano Holanda, Hugo Lins e Gilú - a cantora, que também é dançarina, mostrou energia no palco e, além das canções do seu álbum, encerrou o show com Morrer em Pernambuco, composição de Holanda, que ela dedicou a todos os artistas do Estado.
Flaira Ferro, que também é dançarina de frevo, dá início ao seu show no #recbeat2017 pic.twitter.com/jvLnQfMeiV
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A banda Quartabê se apresentou em seguida, com show em homenagem ao maestro pernambucano Moacir Santos. Além de releituras da obra de Moacir, o quinteto adiantou ainda canções do segundo EP, que será lançado em abril.
O quinteto paulista Quartabê se apresenta para o público que lota o Cais da Alfândega na última noite do #RecBeat2017 pic.twitter.com/04MPodUV2a
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Talvez um dos momentos mais celebrados da noite, o show do grupo Teto Preto (SP) parece ter sido feito sob medida para o Rec-Beat. Em clima de jam session, o coletivo faz um som eletrônico quase ritualístico, que induz ao transe e que não cessa de surpreender à medida em que é executado. O EP Gasolina, lançado em agosto do ano passado, foi a base da apresentação.
A instiga de Jards Macalé no show de encerramento do #RecBeat2017 pic.twitter.com/335O4j4ibk
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A rapper Inna Modja, do Mali, foi outra boa surpresa do festival, que é conhecido por apostar em nomes pouco conhecidos ou em ascensão no cenário alternavio. Tomando como base os ritmos africanos, ela se aproxima do hip-hop e de outros gêneros, como no cover de Buffalo Stance, de Neneh Cherry. Durante sua apresentação, ela, que é ativista dos direitos das mulheres, falou sobre a necessidade de acabar com todasas formas de opressão e pediu o fim da guerra em seu país. Ao final da apresentação, se jogou no meio do público.
Mais do show de Inna Modja, do Mali, no #RecBeat2017 pic.twitter.com/SWfIuWJY7f
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Grande atração da noite, Jards Macalé entregou um show memorável, marcado por canções seminais da MPB, como Mal Secreto, Hotel das Estrelas e Vapor Barato. "Bom, primeiramente...", disse, logo ao entrar, ao que a plateia respondeu com "Fora Temer". Celebrando 50 anos de carreira, Macalé percorreu seu denso repertório em uma apresentação intensa, que transitou bem entre os momentos de teor mais denso, reflexo de sua fase maldita, e passagens como a homenagem a Dominguinhos, com participação de Marcelo Jeneci.
A instiga de Jards Macalé no show de encerramento do #RecBeat2017 pic.twitter.com/335O4j4ibk
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Jards Macalé e Marcelo Jeneci homenageiam Dominguinhos no encerramento do #RecBeat2017 pic.twitter.com/lJu7E1Lq9u
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BALANÇO
Para Antonio Gutierrez, o Gutie, produtor do Rec-Beat, a 22ª edição do Rec-Beat cumpriu com as expectativas. "O festival já se consolidou junto ao público, que fica ligado na programação, busca saber quem são os artistas que nós trazemos. E é isso que eu busco, trazer sempre uma galera que está fazendo algo diferente, que está emergindo, fomentando novas tendências", pontuou o produtor.