Polêmica

Patrimônio Vivo de Pernambuco acusa governo estadual de calote

Presidente da Fundarpe, Márcia Souto, afirmou que só falará sobre o caso na sexta. Secretário de Cultura disse desconhecer dívida

JC Online
Cadastrado por
JC Online
Publicado em 26/01/2017 às 23:36
Foto: Heudes Regis/JC Imagem
Presidente da Fundarpe, Márcia Souto, afirmou que só falará sobre o caso na sexta. Secretário de Cultura disse desconhecer dívida - FOTO: Foto: Heudes Regis/JC Imagem
Leitura:

Em nota divulgada nesta quinta-feira (26), integrantes do Caboclinho 7 Flexas - grupo que é Patrimônio Vivo de Pernambuco - acusam o governo do Estado de não pagar uma dívida de R$ 12 mil referente a contratos firmados com a agremiação em 2016. De acordo com o texto, as apresentações foram acertadas com a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), que, até então, não teria liberado os cachês. Casos semelhantes foram denunciados recentemente por artistas como Maciel Melo e Irah Caldeira.

"Pouco mais de 12 mil reais é o valor que está 'esperando liberação na fazenda do Estado', essa expressão tão conhecida dos artistas da cidade, que mais dá a impressão de que seremos sempre tratados como uma licitação para compra de material de escritório!", diz um trecho do documento.

O grupo afirma ainda que o atraso no pagamento trouxe vários problemas para a agremiação, como dívidas com a contratação de ônibus para as apresentações, por exemplo. O texto diz também que várias cobranças foram feitas à Fundarpe, sempre com a promessa de que os valores seriam pagos.

O Caboclinho 7 Flexas foi fundado em 1971 por José Severino dos Santos Pereira, o Mestre Zé Alfaiate, que morreu no dia 11 de novembro do ano passado, aos 92 anos. Conforme as informações contidas na nota da agremiação, os constantes atrasos do governo nos repasses ao grupo agravaram o estado de saúde do seu fundador.

"O fato é que o Mestre Zé Alfaiate (então Patrimônio Vivo do Estado) morreu devendo a agiotas, contraindo dívidas para honrar com os compromissos financeiros que a Fundarpe não honrou e foi esse o principal fator do agravamento de seu estado de saúde, resultando em sua morte", diz o texto.

Outro lado

Procurada pela reportagem, a presidente da Fundarpe, Márcia Souto, afirmou que só falaria sobre o caso nesta sexta-feira (27), pois, por não estar na sede do órgão, não teria acesso às informações sobre as possíveis pendências com o Caboclinho 7 Flexas.

O secretário de Cultura do Estado, Marcelino Granja, disse não ter conhecimento da dívida nem notícias de cobranças por parte da agremiação.

Últimas notícias