O Facebook está em campanha contra as informações falsas que tantas dores de cabeças deram às empresas tecnológicas nas últimas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
E o primeiro passo da sua cruzada global será um tipo de manual para que os usuários aprendam a detectá-las, que a partir de sexta-feira estará na seção central da rede social em 14 países, entre eles Brasil, México, Colômbia e Argentina.
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"As notícias falsas desinformam as pessoas e corroem sua confiança em nossa plataforma. Embora não se trate de um problema novo nem exclusivo do Facebook, entendemos que temos um papel a desempenhar", disse Luis Olivalves, executivo da empresa de Mark Zuckerberg, em uma conversa por telefone com a AFP. "Nos preocupa muito.”
Os usuários que acessarem o manual poderão ler sua lacônica mensagem inaugural: "Desconfie dos títulos".
DONALD TRUMP
O assunto ganhou mais força com a possibilidade de que essas notícias tenham influenciado o resultado eleitoral que levou o magnata Donald Trump à Casa Branca.
Após se somar a um fundo de pesquisa de 14 milhões de dólares para ajudar o público a distinguir os conteúdos jornalísticos das informações falsas, o Facebook decidiu disponibilizar online seu próprio programa "educativo".
Aliada ao First Draft, uma ONG que se dedica a verificar conteúdos gerados nas redes sociais, a companhia enfrenta um problema em grande escala, que pode se resumir no descrédito intrínseco que implica a frase "li na internet".
"Eliminar a desinformação na internet é uma tarefa muito maior do que uma empresa", apontou Olivalves.
A prioridade é limitar os lucros dos geradores de notícias falsas. A propagação desse tipo de informação que for notificada como suspeita pelos leitores ou que registre um alto índice de difusão sem ter sido lida será restringida.