Homenagem

Filme 'Reginaldo Rossi: Meu Grande Amor' celebra legado do Rei

Longa será exibido neste domingo (10), logo após o Fantástico

Robson Gomes
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Robson Gomes
Publicado em 10/12/2017 às 8:00
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Longa será exibido neste domingo (10), logo após o Fantástico - FOTO: Divulgação
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Ninguém agrada a todo mundo. Mas ele, de fato, era uma exceção. Gregos e troianos, pobres e ricos, do ignorante ao erudito, fiéis e cornos: Reginaldo Rossi foi o cantor de todas as multidões. E parte de seu legado, principalmente o seu início pouco conhecido, será celebrado hoje à noite, na Globo Nordeste, logo após o Fantástico, com o filme Reginaldo Rossi: Meu Grande Amor.

Com direção de Zé Eduardo Miglioli e roteiro do DJ Dolores, a obra é uma co-produção da RTV, Globo Nordeste e Globo Filmes. O longa foi gravado sob três vertentes: documentário, homenagem e ficção, abordando desde a infância do pernambucano, focando na era rock’n’roll na banda The Silver Jets, até vir o primeiro disco solo e o caminho do sucesso nacional. Além de uma perfeita análise do legado do Rei do Brega pela ótica de vários artistas, personalidades e desconhecidos, de várias idades e classes sociais.

Antes da estreia na TV hoje à noite, o filme foi exibido numa sessão reservada no início da semana em um shopping do Grande Recife. O Jornal do Commercio esteve presente na plateia e acompanhou, junto com a equipe do longa e dezenas de convidados, a emoção do público ao rever, durante 86 minutos, a vida deste artista singular.

A expectativa maior dos presentes era ver a performance do ator Roberto Rossi, o filho do Rei, que deu vida à seu pai quando era mais jovem. E ele consegue fazer jus ao genitor, não somente na interpretação, mas no timbre de voz do cantor. Os takes onde Rossi jovem “conversa” com o Rossi atual numa mesa de bar é simbólico e emocionante em alguns momentos.

A boa receptividade surpreendeu Roberto, que estava presente na pré-estreia e viu o resultado final pela primeira vez: “Achei de uma sutileza ímpar e muito carinhoso. Posso dizer que foi uma explosão de sensações vê-lo pronto, uma vez que pude conhecer muito do meu saudoso velho, do respeito que ele conquistou como profissional e, acima de tudo, da admiração e saudade que todos sentem dele”.

O diretor Zé Eduardo Miglioli, que também estava na plateia, estava satisfeito com a obra. “Fiquei muito feliz porque pude ter certeza que as escolhas feitas ao longo do processo foram as mais adequadas e que esse documentário vai contribuir bastante pra perpetuação do legado desse artista incrível”, afirmou.

Além dos executivos da Globo Nordeste e Globo Filmes, também estava na sala de exibição o cineasta pernambucano radicado nos Estados Unidos Frederico Lapenda, que já trabalhou como artistas como Nicolas Cage, 50 Cent e Stan Lee. Ao elogiar Reginaldo Rossi: Meu Grande Amor, o produtor destacou que a história do Rei é digno de uma cinebiografia: “O legado de Reginaldo merece um filme e um musical. É uma história de superação, onde um underdog (um azarão) vence com talento e persistência, de forma honesta em uma indústria tão difícil. É uma obra que deveria ser assinada por todos nós, cineastas pernambucanos, pois ele nos inspirou e mostrou que é possível”, ressalta.

HOMENAGENS

Com a mais sincera homenagem de Roberto Rossi ao interpretar a fase jovem de seu pai, é nos depoimentos e musicais do Rei que o subtítulo do filme se justifica.

Os testemunhos do escritor Raimundo Carrero, por exemplo, ajudam a compor as lembranças da época do The Silver Jets. Renato Barros, Wanderléa e Rosemary contam a relação de Reginaldo Rossi com a Jovem Guarda e o início do sucesso fora de Pernambuco. O locutor Geraldo Freire também rouba a cena em suas inserções, principalmente quando cita a época em que o Rei foi cabo eleitoral e “responsável” pela eleição de Jarbas Vasconcelos nas eleições de 1985.

Entre os anônimos, o depoimento da fã número 1 Ana Barros e do fiel escudeiro Betão arrancavam risos, trazendo sempre boas histórias. E a presença de covers do Rei deixaram claro a importância dele até os dias atuais.
As participações do Maestro Spok como músico de rua e a emoção de Gaby Amarantos cantando à capela O Romance Que Ninguém Leu são excelentes tributos. O fato é que, de O Gênio Cabeludo – que abre o filme – até Desterro, nos créditos finais, a obra deixa um gosto de saudade e felicidade de ter existido um Rei tão especial como ele entre nós.

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