Ame ou odeie, Pabllo Vittar foi o grande nome do pop nacional em 2017, ao lado de Anitta. A drag queen se converteu de um sucesso entre os LGBTs para um fenômeno de alta rotação nas rádios, serviços de streaming e na televisão. Depois de conquistar o país, ela mira em alvos ainda mais ambiciosos, como uma carreira internacional. A cantora volta ao Recife, nesta sexta-feira (12), para cantar na Festa no Céu, que contará ainda com shows de Valesca Popozuda e A Favorita, do hit Só Dá Tu.
Ontem, comemorou-se o primeiro aniversário de Vai Passar Mal, disco de estreia da cantora. Lançado de forma independente, o álbum produziu os hits Todo Dia, KO (eleita pelo voto popular a música do ano nos Melhores do Ano do Faustão) e Corpo Sensual. Questionada sobre o sucesso do trabalho, Pabllo diz que não imaginava a dimensão que sua música tomaria.
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“Eu sonhava e ficava pensando que, um dia, ia conseguir alcançar as pessoas com minhas músicas e tudo mais, mas nossa, me surpreendi muito. O ano de 2017 foi incrível pra mim: eu consegui lançar meu álbum, fazer parcerias com pessoas que sempre quis conhecer como o Diplo, Anitta, Preta Gil, entre outros; fiz shows no Brasil inteiro e no Rock In Rio. Foi um ano cheio de conquistas, tanto no profissional quanto no pessoal. Consegui comprar a casa para minha mãe, tive meus Vittarlovers [nome dado aos fãs da cantora] por perto e inúmeras pessoas que se identificaram comigo. Que venha 2018!”, afirmou, por e-mail.
Para Maria do Céu, produtora da festa, Pabllo representa uma nova geração, mais aberta para lidar com as questões de sexualidade e gênero, que “pisa no preconceito”. “Pabllo é um símbolo da cultura LGBT alcançando espaços antes negados. Tanto ela, quanto Valesca, com a questão do empoderamento feminino, trazem falas políticas muito importantes”, reflete.
RESPOSTA ÀS CRÍTICAS
O sucesso da artista de 23 anos acendeu, também, uma onda conservadora que via na forma como a artista brinca com gênero uma afronta aos valores da “família tradicional brasileira”. Nese contexto, críticas à sua voz e notícias falsas, como a de que receberia verbas da Lei Rouanet, se tornaram frequentes.
“Todo mundo pode dar sua opinião sobre o que acredita, então não julgo muito quando falam sobre minha voz. Eu me sinto tranquila porque sei o quanto estudo música e me dedico a isso”, afirma.
Começando a ganhar destaque internacional, ela já emplacou a parceria I Got It, com a britânica Charli XCX e já adianta que há novos projetos, inclusive a gravação do novo disco.
“O público pode esperar várias Pabllos diferentes em um disco só. Vou ir para todos os gêneros que escuto e gosto e terá parcerias internacionais. Só não posso contar ainda, mas vai ser bem babado”, adiantou.