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New York Times e New Yorker levam Pulitzer por revelar caso Weinstein

Os dois veículos receberam o Pulitzer 'por um jornalismo explosivo, de impacto, que expôs os predadores sexuais poderosos e endinheirados'

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Publicado em 17/04/2018 às 10:22
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Os dois veículos receberam o Pulitzer 'por um jornalismo explosivo, de impacto, que expôs os predadores sexuais poderosos e endinheirados' - FOTO: Foto: AFP
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O jornal The New York Times e a revista The New Yorker conquistaram nessa segunda-feira (16) o Prêmio Pulitzer por revelarem o escândalo envolvendo o produtor Harvey Weinstein, que desatou uma profunda reflexão mundial sobre o assédio sexual. 

O prêmio foi entregue à equipe do New York Times liderada pelos jornalistas Jodi Kantor e Megan Twohey, assim como ao colaborador da New Yorker Ronan Farrow, pelos impactantes artigos que derrubaram o magnata de Hollywood e provocaram uma avalanche de denúncias contra outros homens poderosos, dando origem ao movimento global #MeToo.

Os dois veículos receberam o Pulitzer "por um jornalismo explosivo, de impacto, que expôs os predadores sexuais poderosos e endinheirados, incluindo um dos produtores mais influentes de Hollywood", destacou Dana Canedy, administradora do Pulitzer, durante cerimônia na escola de jornalismo da Universidade de Columbia.

Estes artigos revelaram "denúncias durante longo tempo suprimidas por coerção, brutalidade e silenciamento das vítimas, o que alentou uma reflexão mundial sobre o abuso sexual de mulheres".

Weinstein, 66 anos e criador dos estúdios Miramax, é alvo de investigações criminais em Londres, Los Angeles e Nova York, mas até o momento não há uma denúncia formal contra o produtor, que também enfrenta múltiplos processos civis das vítimas.

Farrow, filho da atriz Mia Farrow e do cineasta Woody Allen, agradeceu a toda equipe do New Yorker "por defender esta história quando outros queriam enterrá-la". O jornalista conseguiu publicar a denúncia na revista após tentativas mal sucedidas de divulgá-la no canal CBS.

The Washington Post

O jornal The Washington Post ganhou o Pulitzer de jornalismo investigativo por seu trabalho "implacável e decidido" que mudou a eleição para o Senado no estado do Alabama ao revelar que o senador Roy Moore, que tentava a reeleição e era apoiado pelo presidente Donald Trump, assediou sexualmente no passado várias adolescentes.

O adversário de Moore, Doug Jones, conquistou a cadeira para o Senado em dezembro e se tornou o primeiro senador democrata pelo Alabama em 25 anos, um duro golpe para o presidente americano.

The New York Times e The Washington Post compartilharam o Pulitzer de reportagem internacional por seus artigos sobre a interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016 e suas conexões com a campanha eleitoral de Trump, a equipe de transição e "seu eventual governo".

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