Aéreas

Desvende curiosidades sobre os bastidores da aviação

Gol realizou um workshop para esclarecer dúvidas sobre aspectos técnicos do setor

Renato Mota
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Renato Mota
Publicado em 12/08/2016 às 8:52
Ilustração: Thiago Lucas/ JC
FOTO: Ilustração: Thiago Lucas/ JC
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Qualquer pessoa que viaja com alguma regularidade já enfrentou problemas como atrasos ou cancelamentos de voo. O passageiro, com todo direito, fica extremamente chateado. Para as companhias, além do descontentamento do cliente, apenas dez minutos de atraso (seja com o avião voando ou parado) custam cerca de US$ 1,6 mil.

Os bastidores da aviação ainda são um mistério para muitos passageiros, que não sabem, por exemplo, que aquele tremor (que às vezes causa medo em muita gente) antes da aterrissagem é o trem de pouso, que foi acionado. 

A reportagem do JC participou de um workshop da Gol que trouxe tanto curiosidades quanto tirou dúvidas em relação ao funcionamento de diversos aspectos técnicos – desde o preço da passagem até a operação no aeroporto. Algumas você já pode conferir nas ilustrações mais abaixo.

“O que nos motivou a isso foi uma reportagem publicada que dizia que uma aeronave nossa tinha passado por um procedimento de arremetida, ‘mas ninguém tinha se ferido’. Percebemos então que boa parte do público ainda desconhece como funciona a aeronáutica, embora viajar de avião seja algo comum a quase todos”, explica o presidente da empresa, Paulo Sergio Kakinoff. A própria Gol é uma das responsáveis pela popularização das viagens de avião, em parte por aplicar a chamada “tarifação dinâmica” na hora de precificar os tíquetes.

Ilustração: Thiago Lucas/ JC
- Ilustração: Thiago Lucas/ JC
Ilustração: Thiago Lucas/ JC
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Ilustração: Thiago Lucas/ JC
- Ilustração: Thiago Lucas/ JC
Ilustração: Thiago Lucas/ JC
- Ilustração: Thiago Lucas/ JC
Ilustração: Thiago Lucas/ JC
- Ilustração: Thiago Lucas/ JC
Ilustração: Thiago Lucas/ JC
- Ilustração: Thiago Lucas/ JC

De acordo com o executivo, quanto antes você compra uma passagem, mais barata ela é. Essa curva vai se acentuando na medida em que o tempo passa, até que faltando cerca de 40 dias para o voo os preços aumentam exponencialmente. “É a época em que as pessoas que viajam a negócios compram as passagens. Cerca de 40% do voo é composto por esses passageiros – e são eles que permitem que os outros 60% paguem mais barato”, conta Kakinoff. A dificuldade para quem determina esse preço é fazer justamente o balanço entre o tempo e a demanda de cada voo. “A hora de voo num 737 custa US$ 10 mil. Se formos dividir esse valor para cada um dos 177 passageiros, um voo entre São Paulo e Recife, que tem três horas, custaria R$ 557. Seria bom para o corporativo, mas os turistas brasileiros não conseguem pagar tanto e levar a família toda”, afirma o executivo. As promoções de fim de semana também se encaixam nessa conta. “Elas ajudam a pagar os custos do voo e completar os assentos. Cadeira vazia num avião é o mesmo que estoque perdido no comércio”, completa.

Segurança

Outros assuntos debatidos no workshop dizem respeito aos procedimentos de segurança dentro de uma aeronave. Um item polêmico apontado pelos profissionais da Gol, por exemplo, é a máscara de oxigênio do avião. “Graças a Hollywood, todo mundo acha que quando as máscaras caem, o avião vai cair”, brinca o gerente-executivo de segurança operacional da Gol, Dan Guzzo. 

Na verdade, isso só ocorre quando há descompressão da aeronave, que pode ter uma causa muito simples, como um mal funcionamento na válvula de controle de entrada de ar. “Ainda assim cada máscara tem 20 minutos de oxigênio, enquanto a descida para uma altitude segura demora quatro minutos”, afirma Guzzo. Uma vez a 10 mil pés de altura (pouco mais de 3 mil metros), a pressão já volta a condições em que as pessoas podem respirar normalmente. Portanto, fique mais calmo quando for viajar.

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