Após um recorde na arrecadação em outubro, devido à entrada de recursos do programa de repatriação, as receitas do governo mantiveram leve alta no mês passado. Em novembro, o recolhimento de impostos e contribuições federais somou R$ 102,245 bilhões, um avanço real (já descontada a inflação) de 0,11% na comparação com igual mês de 2015. É o segundo mês seguido de aumento na arrecadação neste tipo de comparação.
Leia Também
- Arrecadação bate recorde com repatriação e atinge R$ 148 bi em outubro
- Receita analisa projeções de arrecadação para 2017
- Receita: arrecadação da repatriação tem inadimplência de R$ 4,15 bi
- Gastos maiores que arrecadação nas campanhas de primeiro turno
- Arrecadação com repatriação chega a R$ 50,9 bilhões, revela Receita
- Arrecadação de impostos tem queda de 8,37% em setembro
O resultado do mês passado veio dentro do intervalo de expectativas de 20 casas ouvidas pelo Broadcast Projeções, que ia de R$ 94,500 bilhões a R$ 148,525 bilhões, com mediana de R$ 98,850 bilhões.
Melhor desempenho
Com o avanço, o valor arrecadado no mês foi o melhor desempenho para meses de novembro desde 2014. Em relação a outubro deste ano, no entanto, houve queda real de 31,41%, justamente por causa da alta base de comparação - as receitas chegaram a quase R$ 149 bilhões em outubro com o programa de repatriação.
Entre janeiro e novembro deste ano, no entanto, a arrecadação federal continuou o ritmo de queda e teve o pior desempenho para o período desde 2010, somando R$ 1,162 trilhão. O montante ainda representa recuo de 3,16% na comparação com igual período do ano passado.
Pelo terceiro mês seguido, a Receita Federal não divulgou o relatório completo da arrecadação, que contém dados sobre desonerações e arrecadação com programas de parcelamentos tributários, os Refis. Os auditores fiscais estão mobilizados por mudanças no projeto de lei que trata do reajuste salarial da categoria.