Na contramão da crise econômica, o setor de franquias faturou R$ 150 bilhões e gerou 1,2 bilhão de empregos em 2016, e continua com perspectivas positivas para este ano. A expectativa de crescimento é de 9% em 2017, com impulso, principalmente, das microfranquias. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) em um balanço prévio do setor. Os números completos saem em fevereiro.
“O crescimento de franquias, e mais ainda das microfranquias, cujo valor de implementação é de até R$ 80 mil, se dá principalmente pela comodidade de abrir um negócio desse tipo, e também porque grande parte dos novos empresários é formada por pessoas que perderam o emprego e não tinham um valor rescisório tão alto para investir”, comenta o presidente da ABF-PE, Leonardo Lamartine.
A prova é que, entre os pequenos empresários pesquisados, 79,8% operam exclusivamente com este modelo. De acordo com a ABF, o valor médio para a abertura de uma microfranquia é três vezes menor quando comparado a uma franquia de maior porte. O retorno financeiro também acontece mais rápido. Enquanto 18% das microfranquias lucra em até um ano de atividade, apenas 4% dos franqueados de empresas maiores consegue atingir este patamar.
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Outro fator que impulsionou o crescimento do franchising foi o fato de muitos dos empreendedores que já tinham planos de começar um novo negócio terem decidido investir em uma franquia em vez de criar uma marca nova. “Acredito que isso aconteça porque o modelo de franqueamento é mais seguro”, diz Lamartine.
Destaques
Entre os setores de destaque estão a alimentação fora do lar (correspondem a 36% das franquias brasileiras) e também as pequenas empresas de reparos de automóveis. “O mercado de veículos desaqueceu muito. As pessoas estão passando mais tempo com um veículo antes de realizar a troca, o que gera essa demanda por serviços de manutenção”, aponta o presidente da ABF-PE. Outros destaques estão nas áreas de serviços educacionais, moda, e beleza, saúde e bem estar.