A caderneta de poupança registrou a menor perda de recursos para meses de fevereiro em três anos. Segundo o Banco Central, no mês passado, os saques superaram os depósitos em R$ 1,67 bilhão, contra saques líquidos (diferença entre saques e depósitos) de R$ 6,26 bilhões em fevereiro de 2015 e de R$ 6,63 bilhões em fevereiro de 2016.
Leia Também
- Retiradas da poupança superam depósitos em R$ 1,670 bilhão
- Dinheiro no exterior era ''como se fosse caderneta de poupança'', diz Cunha
- Saques da poupança superam depósitos em R$ 10,7 bilhões em janeiro
- Saques superam depósitos e poupança tem a segunda maior retirada em 21 anos
- Governo Temer anuncia nova fórmula para FGTS render como poupança
- Em novembro, depósitos em poupança superam saques
- Saques da poupança superam depósitos em mais de R$ 53 bilhões
- Saques da poupança superam R$ 50 bilhões em nove meses
- Saques na poupança superam depósitos pelo oitavo mês seguido
- Saques da poupança em agosto superam depósitos em R$ 4,466 bilhões
- Poupança registra saque líquido de R$ 1,115 bilhão em julho, revela BC
- Financiamento imobiliário com recurso da poupança cai 49,5% no primeiro semestre
O resultado é o melhor registrado para o mês desde 2014, quando os depósitos tinham superado as retiradas em R$ 1,85 bilhão. Nos dois primeiros meses de 2017, a caderneta registrou retiradas líquidas de R$ 12,4 bilhões, perda de recursos menor que os R$ 18,67 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
Recessão
Desde o início da recessão econômica, em 2015, os investidores têm retirado dinheiro da caderneta para cobrir dívidas num cenário de queda da renda e de aumento de desemprego. Em 2015, R$ 53,5 bilhões deixaram a poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões.
Outro fator que contribuiu para os saques foi a perda de rentabilidade da caderneta em relação a outras aplicações. Nos 12 meses terminados em fevereiro, a poupança rendeu 8,27%, contra 13,95% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).