Veja curiosidades sobre a pecuária no Brasil

O Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina, de frango e suína do mundo. Só no ano passado, a pecuária movimentou R$ 400 bilhões com o abastecimento dos mercados interno e externo. Entre os motivos para o sucesso nesse setor, estão a grande produtividade e a qualidade do produto.

A carne bovina, por exemplo, é diferenciada por causa da alimentação dos animais. "A quantidade de ração que o boi recebe é bem menor, por causa da qualidade do pasto", explica o pesquisador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (GV Agro), Felippe Serigati.

Em 2015, o Brasil vendeu mais de 12 milhões de doses de sêmen bovino, segundo a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia). Também são vendidos embriões. Os produtores compram o material para gerar bois com maior rendimento na carne ou no leite. Alguns animais valem mais de R$ 1 milhão. O valor é determinado em torneios de campeão, em que é avaliado até a beleza dos bichos.   

Para vender a carne, há uma série de cuidados tomados. Quando o destino são países com cultura islâmica, há algumas curiosidades. "Técnicos dos países islâmicos acompanham a produção de frango no Brasil. O animal tem que morrer olhando para a Meca, não pode sair sangue no corte, uma série de rituais", afirma o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. O Brasil exporta carne para 150 países.

MIÚDOS

Dentre os países compradores, o maior é Hong Kong. Em 2016, comprou US$ 718 milhões. Esse é um cliente quase insubstituível, segundo o gerente de exportação da Masterboi, Tiago Ravazzi. "Hong Kong compra tendões, membranas, aorta bovina do coração e nervos. Subprodutos, miúdo. Se não posso vender para Hong Kong, é difícil vender para outros países", afirma. Só a Masterboi exporta até 25 contêineres de 27 toneladas por mês, ao preço de US$ 100 mil. Uma pequena porcentagem dos restos do boi servem para fazer brinquedos para pets.