O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE) caiu 2,1 pontos em junho, para 83,9 pontos, o menor desde fevereiro (82,7 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou pela primeira vez no ano, em 0,4 ponto.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro macro setores cobertos pelas sondagens empresariais produzidas pelo FGV/IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção. A agregação é realizada por pesos econômicos, tendo como referência dados extraídos das pesquisas estruturais anuais do IBGE (PIA, PAS, PAC e PAIC). A variável de ponderação dos segmentos é o valor adicionado, com exceção do Comércio, cujo peso é determinado pela margem de comercialização. As séries completas dos indicadores são dessazonalizadas a cada mês.
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A maior contribuição para a queda da confiança em junho foi dada pelo Índice de Expectativas (IE-E), com queda de 1,9 ponto em relação a maio, para 91,2 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA-E) caiu 0,5 ponto, para 79,4 pontos.
A distância entre o nível dos indicadores que medem a percepção atual dos empresários e as estimativas futuras, é notada nas quatro sondagens setoriais. O setor com maior diferença entre ISA e IE é a construção, com 20,9 pontos, seguida por comércio com 12,8 pontos, serviços com 9,0, e indústria com 5,1 pontos.
A queda da confiança empresarial em junho ocorreu na indústria, nos serviços e no comércio. Na construção, houve um leve aumento, de 0,2 ponto, após queda de 2,5 pontos em maio.
Difusão de alta da confiança entre os segmentos
Em junho, a confiança recuou em 59% dos 49 segmentos integrantes do ICE. Apesar disso, em virtude da alta nos meses anteriores, considerando-se médias trimestrais, a proporção de segmentos em alta ainda supera os 50% do total.
Foram coletadas informações de 4.974 empresas entre os dias 01 e 27 de junho. A próxima divulgação do ICE ocorrerá em 01 de agosto.