O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou leve alta de 0,09% na terceira quadrissemana de julho, saindo de deflação de 0,05% na segunda leitura do mês.
Cinco das oito classes de despesas analisadas apresentaram acréscimo nas taxas de variação nesta medição: Habitação (0,17% para 0,58%), Alimentação (-0,44% para -0,27%), Transportes (-0,55% para -0,47%), Comunicação (0,14% para 0,34%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,31% para 0,34%).
O grupo Educação, Leitura e Recreação repetiu a taxa de variação registrada na última apuração, de 0,49%. Já os grupos Vestuário (0,34% para -0,14%) e Despesas Diversas (0,13% para 0,12%) apresentaram desaceleração no período.
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Habitação
O grupo Habitação foi o principal destaque na aceleração do IPC-S em mais uma leitura de julho. Na terceira quadrissemana do mês, o grupo subiu 0,58%, de alta de 0,17% anteriormente, influenciado mais uma vez pelo aumento do item tarifa de eletricidade residencial (-0,72% para 2,24%), que está pressionado pela adoção da bandeira amarela nas contas de luz, assim como por reajustes tarifários, como o da Eletropaulo, em São Paulo. O IPC-S teve elevação de 0,09% nesta medição ante queda de 0,05% na segunda quadrissemana de julho.
Nos outros grupos que mostraram aceleração no período, a FGV destacou os itens: hortaliças e legumes (-2,96% para 0,14%), em Alimentação; gasolina (-2,43% para -1,75%), no segmento Transportes; tarifa de telefone móvel (0,24% para 0,42%), em Comunicação; e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,19% para 0,02%), no grupo Saúde e Cuidados Pessoais.
Na classe de despesa Educação, Leitura e Recreação, que repetiu a taxa de 0,49% da leitura anterior, as principais influências em sentido ascendente e descendente foram salas de espetáculo (1,42% para 2,23%) e passagem aérea (10,34% para 5,19%), respectivamente.
O item roupas (0,21% para -0,25%) contribuiu para deflação em Vestuário e as tarifas de cartório (0,39% para 0,19%) ajudaram na leve desaceleração de Despesas Diversas.
Segundo a FGV, as principais influências individuais de alta na terceira quadrissemana de julho foram tarifa de eletricidade residencial (-0,72% para 2,24%), plano e seguro de saúde (que manteve a taxa de 0,95%), tomate (-0,43% para 16,48%), condomínio residencial (0,59% para 1,27%) e show musical (1,77% para 2,85%).
Já as principais influências individuais de baixa foram batata-inglesa (-23,88% para -29,41%), gasolina (apesar da aceleração de -2,43% para -1,75%), etanol (mesmo com a taxa levemente superior, de -3,61% para -3,03%), laranja pera (a despeito da deflação menor, de -14,56% para -11,49%) e leite tipo longa vida (-1,61% para -2,23%).