A Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL) e os sindicatos da base Rio de Janeiro contestaram 'veementemente' as afirmações feitas pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, em referência aos salários pagos a servidores da Eletrobras. O ministro alegou que 'não é normal' a estatal pagar R$ 60 mil aos funcionários."Informações distorcidas e levianas", apontaram as entidades em nota.
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Em entrevista ao JC, Fernando Filho disse que "a empresa continuará exercendo as mesmas funções, apesar da privatização."A Chesf e a Eletrobras continuarão desempenhando suas funções, só que com um operador privado, muito mais eficiente. Você acha que é normal uma empresa como a Eletrobras ter mais de R$ 32 bilhões de prejuízo? Você acha que é normal uma empresa ter dois mil empregos recebendo R$ 60 mil? Eu não acho", afirmou o ministro
"A Eletrobras, como qualquer grande empresa minimamente organizada, possui um quadro de pessoal, plano de carreira e remuneração e sistema de avaliação de desempenho estruturado, entretanto não há nos quadros de Eletrobras empregados com salários de R$ 60 mil", confirmou a AEEL.
Confira íntegra da nota:
A Associação dos Empregados da Eletrobras - AEEL e os Sindicatos da base Rio de Janeiro, CONTESTAM VEEMENTEMENTE as afirmações feitas pelo senhor Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que, baseado em informações distorcidas e levianas fornecidas provavelmente pelo Presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Pinto, declarou em entrevista a este veículo de informação, dia 26 p.p., que existem na Eletrobras mais de 2 (dois) mil empregados recebendo cerca de R$ 60 mil.
A Eletrobras, como qualquer grande empresa minimamente organizada, possui um quadro de pessoal, plano de carreira e remuneração e sistema de avaliação de desempenho estruturado, entretanto não há nos quadros de Eletrobras empregados com salários de R$ 60 mil.
O senhor Wilson Pinto, desde que chegou à Eletrobras não respeita os colaboradores e não tem compromissos com a Empresa. Sua prática, para quem chegou se dizendo “grande CEO do Mercado”, infelizmente, tem sido a de desqualificar a companhia e todos que dela fazem parte, com o objetivo de obter apoio à sua proposta de privatização.
As informações são manipuladas com frequência e repassadas ao governo e à imprensa como verdadeiras.
Entendemos que se eventualmente houver algum mal feito no seio da Eletrobras, este deve ser corrigido pelos responsáveis pela gestão.