Com a aprovação pelo Congresso das novas metas fiscais para 2017 e 2018 - ambas fixadas em déficits primários de R$ 159 bilhões - as projeções para as contas públicas feitas pelos analistas de mercado ouvidos pelo Ministério da Fazenda no boletim Prisma Fiscal de setembro indicam que o governo conseguirá cumprir os objetivos. O documento foi divulgado nesta quinta-feira (14) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta.
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A mediana das projeções do mercado para o déficit neste ano passou de R$ 154,841 bilhões para R$ 159,000 bilhões, exatamente na nova meta de saldo no vermelho de 2017. A meta anterior era de um rombo de R$ 139 bilhões.
Já para 2018, os analistas projetaram um déficit de R$ 156,341 bilhões certa folga para a meta de R$ 159 bilhões no negativo. No boletim de agosto - quando a meta para o próximo ano ainda era de déficit de R$ 129 bilhões - as previsões indicavam o saldo negativo de R$ 130,527 bilhões.
O Prisma deste mês voltou a revisar para baixo as previsões do mercado para a arrecadação das receitas federais. Em 2017 essa estimativa caiu de R$ 1,340 trilhão para R$ 1,337 trilhão. Para 2018, estimativa recuou de R$ 1,449 trilhão para R$ 1,440 trilhão.
A estimativa para a receita líquida do Governo Central neste ano também caiu de R$ 1,139 trilhão para R$ 1,134 trilhão, enquanto para o próximo ano passou de R$ 1,222 trilhão para R$ 1,210 trilhão.
Já pelo lado do gasto, a projeção de despesas totais do Governo Central este ano caiu de R$ 1,293 trilhão para R$ 1,290 trilhão. Para 2018, a estimativa aumentou de R$ 1,357 trilhão para R$ 1,363 trilhão.
A mediana das projeções dos analistas do Prisma para a Dívida Bruta do Governo Geral ao fim de 2017 passou de 75,90% do Produto Interno Bruto (PIB) para 75,80% do PIB. Para 2018, a estimativa que estava em 79,06% do PIB em maio caiu para 78,82% do PIB no relatório desta quinta.
CURTO PRAZO
O Prisma também atualizou as projeções fiscais este e os próximos dois meses. Para setembro, a estimativa de déficit primário passou de R$ 24,869 bilhões para R$ 23,907 bilhões.
Para outubro, a previsão de saldo negativo saltou de R$ 55 milhões para R$ 1,225 bilhão. Para novembro, a projeção de rombo passou de R$ 22,800 bilhões para R$ 20,004 bilhões.