O mercado de trabalho formal de Pernambuco encerrou o mês de agosto com 4.206 novas vagas. O saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, representa uma melhora expressiva em relação ao mês anterior tanto pelo número – já que em julho haviam sido criados 794 postos –, quanto pela diversificação dos setores onde as oportunidades surgiram. Ao contrário dos meses anteriores, a melhora não foi puxada apenas pela agropecuária; a indústria e os serviços conseguiram se destacar. O cenário local repete a tendência do Brasil, que gerou 35.457 vagas, também mais distribuídas.
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“O resultado mostra que a melhora na economia do Estado, que vem sendo ensaiada desde o segundo trimestre, não está mais concentrada em só um segmento ou região. Se não tivéssemos um governo tão vulnerável essa melhora seria mais rápida”, analisa o professor de economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Tarcísio Patrício.
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A concentração a que ele se refere é a geração de vagas na agropecuária, que em julho foi a maior responsável pelo saldo positivo, abrindo 973 novas vagas. Em agosto, o setor perdeu lugar para a indústria – setor de maior destaque com 1.927 vagas – e ficou em segundo lugar, com 1.802. Na sequência ainda aparecem os serviços (673) e a construção civil (301), que haviam fechado o mês de julho com saldo negativo.
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Esse desempenho do Estado ajudou a melhorar o resultado do ano. O saldo acumulado ainda é negativo, mas passou de -29.878 em julho para -26.158.
Os empregos gerados em agosto colocaram Pernambuco na quarta posição entre os melhores saldos do País. Antes aparecem São Paulo, Santa Catarina e Ceará. Mesmo com esse desempenho, os pernambucanos ainda amargam um saldo negativo no ano de 26.158 postos de trabalho a menos. Por outro lado, a baixa foi atenuada na comparação com julho, quando o acumulado desde janeiro era de -29.878 vagas.
BRASIL
No País, os serviços foram os maiores geradores de emprego (23.299 vagas), seguido pela indústria (12.873), comércio (10.721) e construção (1.017). Ao contrário de Pernambuco, o Brasil acumula um saldo positivo de 163.417 postos. Mesmo assim, durante a apresentação dos números, feita ontem, em Brasília, o coordenador-geral de estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, disse que ainda é cedo para garantir que o sinal não se tornará negativo até dezembro. “Quem tiver uma vela pode acender, quem tiver Ave Maria pode rezar”, disse.