A nova versão do texto da reforma da Previdência, com propostas mais enxutas, deve ser apresentada até o fim da próxima semana, disse nesta sexta-feira (10) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Ele destacou, porém, que é importante que essa nova emenda aglutinativa garanta pontos suficientes para se ter uma economia "substancialmente superior a 50% da proposta original".
A primeira versão da reforma da Previdência garantia uma economia de aproximadamente R$ 800 bilhões em 10 anos. Já o substitutivo aprovado na comissão especial garante 75% disso, ou R$ 600 bilhões no período.
O ministro ressaltou que os 50% mencionados não são um mínimo aceitável pelo governo. "Eu disse substancialmente maior que isso. Por que eu não disse que é 65%, 67%? Porque a decisão final é do Congresso. Se cravar um número, digamos 64% (da economia original), e sair 62%, aí vão dizer que governo perdeu. Não, não perdeu. O importante é que seja reforma substancial", afirmou.
Meirelles afirmou também que a área econômica defende a aprovação do relatório da comissão especial, mas admitiu que é preciso observar as sugestões de lideranças políticas para se chegar a um texto que pode ser de fato aprovado. As flexibilizações são consideradas o caminho para obter o apoio necessário para a aprovação da reforma da Previdência.
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Diante dessas novas articulações, Meirelles afirmou que o governo tem sim apoio político para aprovar a reforma e lembrou que a atual gestão já aprovou outras medidas estruturais. "Ritmo de aprovação de reformas é um dos mais altos da história", disse o ministro. "A chance de aprovação da reforma da Previdência é elevada", acrescentou.