Embora o mercado de veículos tenha voltado a crescer em 2017, a abertura do balanço divulgado nesta quinta-feira (4) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), associação que representa as concessionárias no Brasil, mostra que a comercialização dos chamados veículos leves, que somam os segmentos de automóveis e comerciais leves, ainda estão em queda na categoria "venda varejo", voltada ao consumidores pessoa física. No ano passado, foram 1,303 milhão de unidades vendidas nesse recorte, 0,3% a menos que o volume alcançado em 2016.
Portanto, quem sustentou a alta do mercado de veículos leves em 2017, que cresceu 9,3%, foi o canal da "venda direta", categoria que recebe este nome porque se trata de uma venda feita diretamente pela fabricante para o consumidor final, que em geral é uma pessoa jurídica, como locadoras, frotistas e produtores rurais.
No ano passado, as compras de veículos leves feitas por empresas somaram 868,6 mil unidades, expansão de 27,9% em relação ao ano anterior.
Por outro lado, quando se observa somente a comercialização de automóveis, excluindo os comerciais leves, houve crescimento para todos os tipos de cliente: 7,8% na venda varejo e 14% na venda direta.
A exclusão dos comerciais leves é importante porque é um segmento mais voltado a empresas, enquanto os automóveis são mais demandados pelo consumidor comum.