ELEIÇÃO 2018

Governadores e vices viram rivais nas eleições

Número de rejeições significativas para a novas eleições viabilizaram o rompimento das chapas eleitas em 2014

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Publicado em 20/03/2018 às 10:28
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Número de rejeições significativas para a novas eleições viabilizaram o rompimento das chapas eleitas em 2014 - FOTO: Foto: Agência Brasil
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Partidos que venceram juntos em 2014 na chapa para governador e vice devem ter candidatos rivais para esses cargos neste ano em pelo cinco Estados e no Distrito Federal. O caso mais recente de separação é o do Rio Grande do Norte, onde o vice, Fábio Dantas, rompeu no início de março com o governador Robinson Faria (PSD) e se lançou pré-candidato ao governo contra o atual chefe do Executivo, que tentará a reeleição.

"O governo perdeu o foco, tem uma rejeição bastante significativa, não fez a gestão que queria fazer e queria continuar com isso. Como entra num projeto político com uma inviabilidade dessas?", justificou Dantas ao Estadão/Broadcast.

A decisão do vice foi criticada pelo grupo do governador. "O vice que rompe no ano eleitoral, após três anos e dois meses de gestão, não tem nenhuma legitimidade para falar em oposição ao governo. Por que não rompeu antes?", disse o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN), filho do governador. "Sempre divergi dele desde o 1º dia. Minhas entrevistas eram muito claras", rebateu Dantas, que, para viabilizar a candidatura, até trocou de sigla: saiu do PCdoB e se filiou ao PSB.

No Distrito Federal, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) também tentará a reeleição sem apoio do vice, Renato Santana. O vice e seu partido, o PSD, romperam em novembro e negociam aliança com adversários do pessebista. Em Roraima, Paulo Quartiero (sem partido) não só rompeu no segundo ano de gestão com a governadora Suely Campos (PP) como renunciou ao cargo de vice em janeiro. Ele deve tentar uma vaga no Senado em palanque adversário ao de Suely.

No Pará e na Paraíba, ainda não houve rompimento oficial, mas os vices já anunciaram pré-candidaturas. Nos dois casos, os governadores não poderão se reeleger e apoiam outros nomes. Na Paraíba, o governador Ricardo Coutinho (PSB) quer como seu sucessor o atual secretário de Infraestrutura, João Azevedo (PSB). Preterida, a vice, Lígia Feliciano, foi lançada como pré-candidata ao governo pelo PDT para que faça palanque para o presidenciável da legenda, o ex-ministro Ciro Gomes.

No Pará, o governador Simão Jatene (PSDB) declarou apoio à candidatura ao governo do presidente da Assembleia Legislativa, Márcio Miranda (DEM). Rejeitado, o vice-governador, Zequinha Marinhi (PSC), que deve assumir o comando do Estado em 7 de abril, quer se reeleger.

Em São Paulo, o vice-governador, Márcio França (PSB) assumirá o comando do Estado em abril, em razão da renúncia do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para disputar o Palácio do Planalto. França vai disputar o governo contra o candidato tucano João Doria, mas a situação pode dar a Alckmin dois palanques em seu Estado em sua campanha ao Planalto.

Na Bahia, Minas, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e Santa Catarina, governadores e vices podem acabar disputando em chapas separadas, seja por pressão da direção nacional do partido, seja por divergências políticas.

Mesma chapa

Nos demais Estados, governadores e vices devem disputar as eleições nas mesmas chapas. No Maranhão, o vice-governador, Carlos Brandão, deixou o PSDB, legenda pela qual foi eleito em 2014, e se filiou ao PRB para continuar apoiando o governador Flávio Dino (PCdoB), que tentará reeleição. Brandão se desfiliou do PSDB após o partido romper com Dino. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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