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Conta de água vai subir 10,69% a partir de 20 de março

O reajuste foi calculado pela Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe)

Da editoria de economia
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Publicado em 20/02/2016 às 8:00
Marcos Santos/Acervo da USP
O reajuste foi calculado pela Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) - FOTO: Marcos Santos/Acervo da USP
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A conta de água dos pernambucanos vai ter um reajuste de 10,69% a partir do dia 20 de março que vai impactar outra despesa muito comum a classe média, a dos condomínios. É o maior percentual desde o começo desta década. O impacto do aumento deve ser sentido integralmente por todos os consumidores na conta de maio, porque a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) faz a leitura da conta em datas diferentes, como explica o diretor de Regulação da Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), Hélio Lopes.

A alta do reajuste está relacionada à inflação. “A despesa que mais destoou entre todas foi a conta de energia com um efeito financeiro 30% maior do que o previsto. Isso gerou uma despesa extra de R$ 45 milhões em 2015. São as consequências de um País que voltou a ter uma inflação significativa”, diz o presidente da Compesa, Roberto Tavares.

O reajuste da Compesa é calculado pela Arpe. De um modo grosseiro, o aumento foi uma média de dois índices usados para medir a alta dos preços no Brasil: o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) – que apresentou uma variação de 10,95% – e o IPCA que ficou em 10,71%. Ambas variações se referem ao período de 1º de fevereiro de 2015 a 31 de janeiro de 2016. Também entrou na composição do atual aumento o Fator de Ajuste das Bandeiras Tarifárias (FABT). A bandeira tarifária é um acréscimo cobrado na conta de luz quando a produção da energia elétrica está mais cara que passou a ser cobrado desde o ano ano passado.

Na explicação de Hélio Lopes, o aumento seria um pouquinho maior, ficando em 10,73%, caso não fosse aplicado esse fator. Também no atual reajuste a Arpe colocou uma previsão de seis meses de bandeira tarifária vermelha (com o custo de R$ 3 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) e seis meses de bandeira amarela nos quais serão cobrados R$ 1,50 a mais a cada 100 kWh num período que vai até janeiro de 2017. Esses preços são mais baixos dos que os valores cobrados pelas bandeiras entre fevereiro de 2015 e janeiro deste ano (que variou de R$ 4,50 a R$ 5,50).

Ainda no ano passado, a conta de água teve dois reajustes. O anual - que entrou em vigor em março de 2015 - sendo de 8,35% e um reajuste em maio de 3,51% para compensar a alta dos reajustes de energia. “A probabilidade é baixíssima de ter outro reajuste por causa da energia em 2016”, afirma Hélio, acrescentando que as condições de geração de energia estão melhores em 2016 do que estavam no ano anterior. 

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