CRISE HÍDRICA

A vazão de Sobradinho continua a mesma, por enquanto

Era prevista uma nova redução da vazão de 750 metros cúbicos por segundo para 700 metros cúbicos por segundo na última segunda-feira (28/11)

Da editoria de economia
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Publicado em 30/11/2016 às 8:01
Foto: acervo JC Imagem
Era prevista uma nova redução da vazão de 750 metros cúbicos por segundo para 700 metros cúbicos por segundo na última segunda-feira (28/11) - FOTO: Foto: acervo JC Imagem
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A vazão do lago de Sobradinho, na Bahia, continua a mesma por enquanto. Desde o último dia 21, a vazão ficou em 750 metros cúbicos por segundo, sendo a mais baixa na história do reservatório. Inicialmente, a previsão era de que chegasse a 700 metros cúbicos por segundo a partir de ontem, segundo informações do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF). Esse cronograma não se concretizou porque houve o registro de chuvas nos últimos dias na região que abastece as nascentes do Rio São Francisco.

“A nossa intenção é monitorar a situação, verificando o impacto da vazão menor. Caso seja necessário, ocorrerá a diminuição”, explica o diretor de Operação da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), João Henrique Franklin. A estatal tem autorizações da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) para reduzir a vazão até 700 metros cúbicos por segundo.

A diminuição da vazão está ocorrendo para poupar a água do lago de Sobradinho que abastece o polo de fruticultura irrigada de Petrolina (no Sertão do São Francisco) e Juazeiro, na Bahia. Abaixo de Sobradinho, é retirada água do São Francisco para o abastecimento humano em mais de 30 cidades do sertão pernambucano, sem contar os municípios de Alagoas e Sergipe. 

EXPECTATIVA

“Ainda é muito cedo para sabermos como vai ficar a vazão. Há perspectiva de chuva para os próximos dias”, conta João Henrique. O período chuvoso dessa região vai de novembro a maio. Na próxima segunda-feira, acontecerá uma reunião com representantes de vários órgãos, como a ANA e o Ibama, podendo ser definida uma data para a nova redução da vazão. Tudo isso depende das chuvas”, revela João Henrique. A redução para 750 metros cúbicos por segundo provocou a formação de um banco de areia nas proximidades de Juazeiro (BA). 

Sobradinho estava com 6,2% do seu volume útil ontem. Há um ano, era 1,2%. Antes disso, o menor volume de água que o lago teve foi pouco mais de 5% em 2001, quando ocorreu o racionamento de energia elétrica. Não há risco de racionamento, porque hoje o Nordeste depende menos da geração hidrelétrica e há mais linhas de transmissão para trazer energia de outras regiões.

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