Energia

Retomada de obras paralisadas vai gerar 30 mil novos empregos na Chesf

Anúncio foi realizado durante posse do novo presidente da empresa

editoria de Economia
Cadastrado por
editoria de Economia
Publicado em 14/01/2017 às 7:24
Foto: Bernardo Soares/Acervo JC Imagem
Anúncio foi realizado durante posse do novo presidente da empresa - FOTO: Foto: Bernardo Soares/Acervo JC Imagem
Leitura:

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) estabeleceu o ano de 2018 como data limite para o término das obras atrasadas em todas as 80 Linhas de Transmissão, localizadas no Nordeste. A medida, que terá um investimento de R$ 2 bilhões repartidos entre capital próprio e investimento privado, vai gerar 30 mil empregos. Caso os prazos sejam cumpridos, a empresa poderá voltar a competir nos leilões por novas linhas, dos quais deixou de participar há pelo menos dois anos por decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sob a justificativa de acúmulo de obras atrasadas por tempo acima do permitido. 

Os prazos foram anunciados, ontem, durante a posse do novo presidente da empresa, o engenheiro Sinval Zaidan Gama, na sede da estatal, com a presença do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior. Na ocasião, também foi detalhado o plano de desenvolvimento da Eletrobras e de todas as suas subsidiárias, que contém estratégias para a retomada do crescimento até 2021.

“O plano, chamado Desafio 21 – excelência sustentável, abrange a Eletrobras e as suas controladas, e tem três focos: redução de dívida, eficiência operacional e governança corporativa diferenciada. A retomada do programa de investimentos em transmissão da Chesf, inclusive, vai gerar uma renda adicional anual de R$ 250 milhões que vai ajudar a recuperar a empresa”, aponta o presidente da Eletrobras. 

Na opinião do presidente empossado, Sinval Gama, a consolidação desse plano será responsável pela retomada do crescimento da empresa. “Estamos investindo em infraestrutura, que é aquela que gera mais emprego em momentos como esse. Vamos virar o jogo, criar condições de nos desenvolvermos e tornar a empresa novamente viável”, diz. 

Entre as medidas práticas para a recuperação de todo o sistema de empresas está a elaboração de planos de demissão voluntária, implantação de sistemas que permitam uma redução de cargos compatível com o aumento de produtividade e a automação de usinas e subestações. Nos últimos quatro anos, a Eletrobras acumulou R$ 40 bilhões em prejuízo. 

Apesar do tamanho da dívida do sistema, a privatização de algumas subunidades, inclusive da Chesf, está descartada. “Entendemos que a Chesf tem um papel de desenvolvimento regional e é uma pioneira na construção, operação e manutenção de usinas e também na área de transmissão, é um ativo nacional relevante para o Nordeste. O programa de recuperação da empresa é completamente apoiado pelo ministro e por mim”, revela. 

LEILÕES DE ENERGIA

A retomada dos leilões de energia de reserva continuam sem prazo para acontecer. De acordo com o MME, a projeção para 2019 e 2020 é de que haja uma grande oferta do insumo, o que levou à suspensão do último certame. “Mas também existe o viés de abastecimento da indústria de equipamentos. Precisamos costurar com os órgãos de controle para estudar a viabilidade de um leilão de acordo com a necessidade do setor”, relata o ministro Fernando Coelho Filho. 


Últimas notícias