ABASTECIMENTO HÍDRICO

Compesa faz licitações para contratar novo sistema adutor

Essa obra vai levar a água dos poços de Tupanatinga a alguns trechos da Adutora do Agreste

Da editoria de economia
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Publicado em 07/02/2017 às 8:01
Foto: divulgação Compesa
Essa obra vai levar a água dos poços de Tupanatinga a alguns trechos da Adutora do Agreste - FOTO: Foto: divulgação Compesa
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A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) está dando continuidade as licitações que vão fazer com que a água dos poços de Tupanatinga, no Sertão do Moxotó, abasteçam cidades como Venturosa, Pedra, Buíque, Tupanatinga, Itaíba, Águas Belas e Iati, utilizando trechos da Adutora do Agreste. Essas cidades estão passando por graves problemas no abastecimento de água devido à forte estiagem que está ocorrendo desde 2010. 

Uma das licitações em curso vai contratar os serviços de implantação do sistema adutor dos poços, o que inclui: 35 km de estradas de barro (o acesso aos poços); 73 km de adutoras e seis estações elevatórias. Essa concorrência vai abrir as propostas das empresas interessadas no dia 16 deste mês e ocorrerá em Regime Diferenciado de Contratação (RDC).“Como a obra está no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, a concorrência pode ser feita nesse formato”, defende o diretor Técnico e de Engenharia da Compesa, Rômulo Aurélio Souza. No RDC, a licitação ocorre de uma forma mais simplificada sendo mais rápida do que uma concorrência pela Lei das Licitações de nº8666 que exige prazos mais longos. 

Serão perfurados 20 poços naquela região. Quatro estão prontos. Dez tiveram as suas licitações concluídas. E os seis restantes estão sendo licitados em duas concorrências, cada uma com três poços. Uma delas terá a abertura das propostas no próximo dia 22 e a outra no dia seguinte. “A nossa expectativa é de que essas obras estejam concluídas em meados de 2018”, conta Rômulo. 

ORÇAMENTO

Todo o sistema adutor e a perfuração dos poços têm um orçamento estimado em cerca de R$ 55 milhões, segundo Rômulo. Os recursos virão da União via Ministério da Integração Nacional. As obras são contratadas pela Compesa. 

Entre 2014 e 2016, o Ministério atrasou o repasse de recursos para a primeira etapa da Adutora do Agreste, cujas obras foram iniciadas em 2013 e deveriam ter sido concluídas em 2015. A primeira fase levaria água para 23 municípios do Agreste. 

“O ministério normalizou o repasse dos recursos para a Adutora do Agreste e acreditamos que os repasses para o sistema adutor dos poços não terão problema de continuidade”, argumenta Rômulo. A Adutora do Agreste deveria receber água do Eixo Leste da Transposição de Águas do Rio São Francisco, obra feita pela União que também atrasou. O Ramal do Agreste captaria a água do Eixo Leste, em Sertânia, e levaria até Arcoverde, injetando a água na Adutora do Agreste. O Ramal do Agreste não saiu do papel e aí o governo de Pernambuco optou por perfurar poços no aquífero de Tacaratu, situado em Ibimirim e proximidades, fazendo chegar água na Adutora do Agreste sem esperar pela conclusão da transposição. 

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