O presidente do Sindicato da Habitação de Pernambuco (Secovi-PE), Elísio Cruz Júnior, afirmou ontem que o reajuste da conta de água vai trazer um impacto de 2,8% no preço dos condomínios. A tarifa da Compesa representa em torno de 30% de todas as despesas comuns nos prédios de apartamentos.
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“Os aumentos têm sido um absurdo neste início de ano. Isso vai gerar mais inadimplência. A situação é bastante complicada. Nas despesas do condomínio, a conta de água só perde para a folha de pagamento”, diz. Ele estava se referindo aos reajustes que já ocorreram do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e da Taxa de Coleta, Remoção e Destinação de Resíduos Sólidos (TRSD). O reajuste da água vai entrar em vigor no dia 20 de março.
Ele cita também que a nova lei que rege os condomínios é muito rígida. “Isso faz os administradores conseguirem uma decisão judicial em menos de 90 dias. E, com isso, os condôminos têm que pagar. Caso isso não ocorra, o imóvel vai a leilão”, afirma.
Segundo ele, a inadimplência dos condomínios no Estado é próxima de 15%, também a média nacional.
OUTRA ALTA
Um novo reajuste vem por aí. No dia 8 de março, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai fazer uma audiência na sede da Federação da Indústria do Estado de Pernambuco (Fiepe) para discutir os percentuais de reajuste da conta de luz que entrarão em vigor no dia 29 de abril.
Preliminarmente, a Aneel está defendendo um reajuste na conta de energia de 2,37% para os consumidores residenciais e de -1,27% para os grandes consumidores, como a indústria. Em 2015, a Compesa chegou a divulgar dois índices de aumento. O segundo ocorreu depois do aumento da energia. A Compesa é uma grande consumidora de energia e, provavelmente, a sua conta de luz dela deve cair este ano.
