O governo do Estado aguarda a liberação de R$ 71,5 milhões para a construção da linha de transmissão de 230 kV para o polo automotivo Jeep, em Goiana, Zona da Mata do Estado. O dinheiro virá do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), que não respondeu à reportagem sobre previsão para fazer o empréstimo.
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Atualmente, a fábrica conta com uma linha de transmissão de 69 kV, insuficiente para atender à demanda.
A ordem de serviço para a construção foi assinada em dezembro do ano passado.
O consórcio ATPSE/SADESUL venceu a licitação para tocar as obras, que deve durar entre 14 e 18 meses. O prazo para a conclusão das obras está previsto para o fim de 2018, garante a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDEC).
“Estamos aguardando que o Estado equacione a financiabilidade da obra para ter autorização e iniciar a construção”, afirma o diretor comercial da ATP Soluções, empresa que lidera o consórcio, Luiz Carlos Ribeiro. Já a Jeep informou que não comenta o assunto.
Os R$ 71,5 milhões destinados à construção da linha de transmissão não fazem parte dos R$ 600 milhões que o BNDES garantiu ao Estado para a realização de obras como a Adutora do Agreste, o sistema prisional de Araçoiaba e a Adutora de Serro Azul.
Outra obra que beneficiaria a fábrica da Jeep, em Goiana, é o miniarco. A estrutura viária de 14,4 quilômetros, que irá desafogar o trânsito da BR-101, no trecho de Abreu e Lima, é fundamental para as exportações da fábrica. As empresas Consórcio Assit Associados/Comol, Astep Engenharia, JBR e Consórcio Norconsul/RDCA realizam estudos técnicos de viabilidade para a concessão do miniarco.
ESTUDO
O Ministério de Minas e Energia (MME) está realizando um estudo realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para ampliar o sistema de suprimento da Zona da Mata Norte. O Estado acredita que o estudo deverá indicar a incorporação da linha de transmissão de 230 kV, exclusiva para a fábrica da Fiat, à rede básica, passando a pertencer às empresas de transmissão vencedoras dos leilões a serem programados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Em nota enviada, o Ministério de Minas e Energia afirma ainda que “a quantidade de projetos que será incluída no próximo leilão de transmissão depende da conclusão e homologação desses estudos pelo MME e da estratégia de composição dos lotes para futuros leilões pelo MME e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).