A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) vai implantar a sua primeira planta de energia solar experimental em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Esse projeto vem sendo discutido desde 2012. O presidente da Chesf, Sinval Zaidan Gama, e o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, vão participar hoje da cerimônia de lançamento do empreendimento o qual vai demandar um investimento de R$ 54,3 milhões. O local vai receber no futuro mais duas plantas heliotérmicas: uma solar de pirâmide (com espelhos no formato de pirâmide) e uma solar cilíndrica. A implantação de ambas totalizará cerca de R$ 100 milhões a mais a serem investidos no mesmo local.
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Cada uma das três usinas terá uma potência instalada para gerar três megawatts (MW). A construção da primeira planta vai começar de imediato, segundo Sinval. Ela foi dividida em duas partes. A primeira fase terá uma capacidade instalada para gerar 2,5 MW – sendo batizada de planta básica – e deve ficar pronta no segundo semestre deste ano. A segunda etapa, que vai gerar 0,5 MW, será chamada de Tecnológica e é nela que as pesquisas serão realizadas. A previsão é de que essa segunda etapa seja concluída no primeiro semestre de 2018.
Já a segunda planta a se instalar no local deverá ser a usina solar de pirâmide que vai usar espelhos na vertical para captar a radiação solar. Ela será implantada dentro do programa de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da Chesf assim como a primeira. Essa última ainda não tem previsão de quando será iniciada.
A terceira unidade a ser instalada no local é a usina solar cilíndrica, fruto de uma parceria entre o governo do Estado e o Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel) que pertence à Eletrobras, a dona da Chesf. “A nossa intenção é ter um Centro de Referência em Energia Solar em Petrolina (Cresp), voltado ao desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico, monitorando todas as condições que influenciam a geração dessa energia”, conta Sinval.
MONITORAMENTO
O Cresp também vai monitorar o desempenho da Planta Fotovoltaica Flutuante, no Lago de Sobradinho, na Bahia, que receberá investimentos de R$ 57 milhões. Embora tenha sido iniciado no ano passado, esse projeto estava paralisado e deve ser retomado no segundo semestre deste ano. Com esse monitoramento, a estatal pretende ver qual a forma de geração solar mais competitiva e usar esse conhecimento quando a empresa for fazer um grande projeto de geração solar.