PRIVATIZAÇÃO

Governo federal pretende privatizar a Chesf

A informação faz parte de uma consulta pública lançada ontem no site do Ministério de Minas e Energia

Da editoria de economia
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Publicado em 05/07/2017 às 19:52
Foto:Bobby Fabisak/JC Imagem
A informação faz parte de uma consulta pública lançada ontem no site do Ministério de Minas e Energia - FOTO: Foto:Bobby Fabisak/JC Imagem
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O governo federal está analisando a possibilidade de privatizar a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). Os dados de como ocorreria esse processo está numa consulta pública de reestruturação do setor elétrico que o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou no seu site nesta quarta-feira. A intenção da Uniãoo  é fazer novas concessões com um prazo de 30 anos, privatizando as geradoras que tiveram as suas concessões prorrogadas pela Lei Federal 12.783 de janeiro de 2013, como é o caso da estatal nordestina.

Ainda na proposta, “a privatização de empresas com geradoras na Bacia do São Francisco” teria um componente adicional que seria parte dos recursos da obtidos com a concessão seriam revertidos na recuperação do Rio São Francisco a longo prazo. As principais hidrelétricas da Chesf estão no Rio São Francisco.

SURPRESA

“Foi uma surpresa. Não estavamos esperando a venda da Chesf. Vamos fazer uma resistência contra o desmonte da empresa. Tomamos conhecimento disso pela imprensa”, diz o diretor do Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco e secretário de energia da Federação dos Urbanitários do Nordeste, Fernando Neves. Ele participa hoje de uma reunião no Rio de Janeiro com diretores e representantes dos trabalhadores de todo o sistema Eletrobras. A Eletrobras pertence ao governo federal e é a dona da Chesf, Eletronorte, Eletrosul e Furnas.

A proposta do governo federal foi anunciada um dia depois da imprensa noticiar que a Chesf colocaria a venda 13 ativos, incluindo principalmente parques eólicos e linhas de transmissão já concluídas. Segundo informações da Chesf, a empresa teria que arrecadar cerca de R$ 2 bilhões para empregar esses recursos em cerca de 100 obras que estão paralisadas por falta de recursos.

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