20 MINUTOS

Silvio Meira defende que os algoritmos ajudem em decisões politicas

Em entrevista ao cientista político Antônio Lavareda, o idealizador do Porto Digital falou da relação ente política e tencnologia

Da editoria de economia
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Publicado em 25/11/2017 às 20:00
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Em entrevista ao cientista político Antônio Lavareda, o idealizador do Porto Digital falou da relação ente política e tencnologia - FOTO: Foto: JC Imagem
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"O que vamos passar a discutir é o que está embutido nos algoritmos que tomam as decisões, mas eles estão a aqui para ficar. E ainda bem. Porque o grau de complexidade do universo de tomada de decisões dos humanos, em particular dos políticos, ficou muito maior". Foi assim que o idealizador do Porto Digital, Silvio Meira, defendeu a tecnologia como instrumento essencial para a política durante o programa da TV Jornal 20 Minutos, apresentado pelo cientista político Antônio Lavareda, neste sábado (25). A entrevista será reexibida às 11h40 na Rádio Jornal e, na segunda-feira (27), às 8h30, na TV JC.

O tema do programa foi "Tecnologia e poder", permeado por questões amplas, como a importância da tecnologia para a democravia, e específicas, como as próximas eleições presidenciais brasileiras, em 2018. "Nós, humanos, é que damos moral e propósito à tecnologia. Damos a ela a função que bem entendemos", destacou Silvio Meira, lembrando que não é a plataforma tecnológica, mas seu uso pelas pessoas que vai determinar a maneira como determinadas ideias serão disseminadas.

Durante a conversa Meira dá exemplos de aplicativos e programas que podem ser alimentados pela população e, daí, ajudar a munir o poder público de informação e otimizar suas ações. "Se você pensar que quase todo mundo está informatizado, que tem em mão um sensor de posição, um sensor de câmera, vemos que é possível criar informação útil para a gestão pública", disse.

O espaço conquistado por ideias radicais nas redes sociais e o papel delas nas próximas eleições brasileiras também entraram na pauta. "As redes sociais ajudaram a segmentar a opinião e a separá-las em campos que não interagem. Eles entram em conflito, mas, em geral, não produzem coisas novas", pondera Meira. Por fim, o assunto foi a representatividade das mulheres dentro da área de TI, que ainda são minoria no Brasil e no mundo. “Raramente, os pais dão Lego às meninas. Elas ganham bonecas, coisas de cozinha. É preciso estimular o interesse pelas exatas desde a base”, defende o cientista.

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