O presidente da Associação de Torcedores Russos, Alexandre Shpryguin, foi proibido de entrar na abertura da Copa das Confederações, neste sábado, quando a Rússia venceu a Nova Zelândia por 2 a 0.
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"Duas horas antes do jogo eu recebi um e-mail dizendo que meu ingresso estava anulado, que significa que eu estava proibido de entrar no estádio", contou Shpryguin à AFP.
"Fiz 500 quilômetros em carro para vir ver o jogo, paguei 8.000 rublos (123 euros) por um ingresso não utilizado", explicou, afirmando que pensava em apresentar denúncia.
Em setembro, Shpryguin foi detido pelas forças especiais, suspeito de ter participado de grande briga entre torcedores do CSKA e do Spartak, os clubes mais populares de Moscou.
O hooligan é mais conhecido por ter sido expulso duas vezes da França, depois dos confrontos da Eurocopa de 2016. Na época, milhares de organizados russos invadiram as ruas de Marselha para agredir torcedores ingleses.
Nas semanas seguintes, as imagens dos organizados ingleses ensaguentados levantaram dúvidas sobre a capacidade da Rússia organizar um Mundial seguro para os amantes de futebol.
A polícia guarda a sete chaves a estratégia que planeja utilizar para controlar a violência entre hooligans durante o Mundial, mas não esconde que vigia de perto esses movimentos.
As autoridades montaram uma lista de torcedores que foram proibidos de entrar em estádios, com aproximadamente 191 nomes, além de apostar na carteira de identidade do torcedor como medida de segurança.