Mesmo após a definição dos confrontos das oitavas de finais da Copa do Mundo, o lance do gol marcado pela Suíça sobre o Brasil, no empate que marcou a estreia das duas equipes na Rússia, ainda se torna tema de discussão. Na segunda conferência de arbitragem da Fifa para o Mundial, realizada nesta sexta-feira, o lance - onde a CBF questionou uma suposta falta do atacante Zuber sobre o zagueiro Miranda - voltou à tona, sendo novamente rechaçado pelo órgão máximo do futebol internacional.
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Durante o debate, o presidente da Comissão de Arbitragem da Fifa, o italiano e ex-árbitro Pierluigi Collina, exibiu o áudio contendo o trecho de comunicação entre o árbitro do jogo, o mexicano César Ramos, e o auxiliar de vídeo, o italiano Paolo Valeri. “Há um empurrão, muito, muito leve”, diz o relato no momento do gol.
‘Contato não significa falta’
Collina (apontado por muito como o melhor árbitro de futebol da história e responsável por apitar a final da Copa de 2002 entre Brasil e Alemanha) ainda contemporizou as divergências de opiniões no lance, minimizando a discussão em torno do uso do apoio de vídeo.
“Mesmo com VAR, poderia ter diferentes opiniões, respeitamos as diferentes opiniões. Futebol é um esporte onde contato não significa falta. Isso não é futebol. Talvez em outros esportes”, destacou.
Perto da perfeição
Ainda durante a coletiva, a Comissão de Arbitragem ainda apresentou o rendimento de acertos dos árbitros nos lances da Copa do Mundo e ressaltou que, embora não seja possível atingir a perfeição, o apoio do VAR eleva o patamar para um número bastante próximo do ideal.
“Durante uma competição, não é possível que tudo corra 100% perfeitamente. Algumas coisas precisam ser ajustadas com base no que está ocorrendo nas primeiras partidas. Cerca de 95% das decisões tomadas pelos árbitros sem o VAR estavam corretas, e esse percentual aumentou para 99,3% graças à intervenção do VAR. Algo que sempre foi dito - VAR não significa perfeição. Mas como você pode ver, 99,3% é algo muito próximo”, apontou Pierluigi Collina.