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Paulinho relembra racismo na Europa e convite de Messi para o Barça

Na véspera da decisão contra o México, Paulinho relembra momentos importantes do início de sua carreira no site Players Tribune

JC Online
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Publicado em 01/07/2018 às 16:30
AFP
Na véspera da decisão contra o México, Paulinho relembra momentos importantes do início de sua carreira no site Players Tribune - FOTO: AFP
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Na véspera da partida contra o México, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, Paulinho decidiu externar os principais obstáculos de sua vida como jogador profissional. Em texto concedido ao Players Tribune, o volante comentou sobre o convite de Lionel Messi para se transferir ao Barcelona, as dificuldades com as quais teve de lidar em sua primeira passagem pela Europa e até mesmo o nascimento prematuro de seus filhos gêmeos, a Sofia e o Zé Pedro.

Paulinho começa seu texto relembrando o amistoso entre Brasil e Argentina, em Melbourne, na Austrália. Na ocasião, o técnico Tite colocou em campo uma equipe alternativa, sem muitos dos principais jogadores da Seleção Brasileira. Embora tenha perdido por 1x0, o jogador não se esquece é da breve conversa que teve com Messi no decorrer dos 90 minutos.

“De repente, Messi vem ao meu encontro, olha direto nos meus olhos e diz: ‘Então, nós vamos para o Barcelona ou não? ’. Foi assim, sem explicação, nem nada. Ele virou de costas e foi embora. Eu não tive nem tempo de pensar. Eu apenas disse: ‘Se você quiser me levar, eu vou’. É preciso de muita coisa para tirar meu foco do jogo de futebol, mas entre o momento em que o Messi disse essas palavras e o Willian cobrou a falta, tudo o que eu pude pensar foi: ‘Isso é para valer? Por que ele disse isso? Meu Deus, o que está acontecendo? ’”, afirmou Paulinho.

RACISMO

Antes dos momentos de glória, porém, Paulinho passou por algumas dificuldades. Na primeira vez que o jogador saiu do Brasil para atuar no futebol europeu, ainda como um desconhecido, ele teve de lidar com diversos episódios de racismo. Vítima da falta de tolerância à diversidade, ele acabou retornando ao seu país após as experiências traumáticas vividas na Lituânia e na Polônia.

“No começo, quando cheguei à Lituânia, foi muito legal. Eu jogava em Vilnius, que era uma velha cidade medieval do tipo que a gente vê nos filmes. Era muito diferente do Brasil, e eu não falava a língua, mas era um lugar muito calmo. Até que um dia, quando estava andando pela cidade com um dos meus colegas, o Rodney, um grupo de caras muito agressivos veio ao nosso encontro e… bom, ainda fico com raiva quando tenho de falar sobre esse dia, mas eles começaram a imitar macacos e a nos ofende”, disse o hoje titular da Seleção Brasileira.

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