Rússia

Tite prega mentalidade forte da seleção brasileira contra Bélgica

A seleção brasileira enfrenta a Bélgica nas quartas de final da Copa do Mundo

Gabriela Máxima
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Publicado em 06/07/2018 às 8:07
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A seleção brasileira enfrenta a Bélgica nas quartas de final da Copa do Mundo - FOTO: Foto: AFP
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“A Copa do Mundo é um desafio diário, de equilíbrio e de discernimento”. A confissão é do técnico da seleção brasileira, Tite, que encara na Rússia sua primeira disputa de Mundial. Após quatro jogos – três da fase de grupos e uma pelas oitavas de final –, o comandante da canarinho lidera a equipe hoje diante da Bélgica, pelas quartas de final da competição, às 15h (de Brasília), em Kazan. Embora o confronto configure o maior desafio até então, Tite nitidamente trocou a tensão dos primeiros jogos pela serenidade e confiança na equipe. “Eu fiquei pensando porque de alguma forma eu fiquei mais à vontade? E cheguei a conclusão que foi porque o desempenho dos atletas aconteceu e isso me deu segurança”, garantiu.

Tite reúne 25 jogos pela seleção brasileira, sendo uma derrota, quatro empates e 20 vitórias. Na Copa da Rússia, a equipe nacional só teve um empate, ainda na estreia, 1x1, contra a Suíça. Os jogos contra Costa Rica, Sérvia e México foram triunfados com o placar por 2x0. Foi justamente a resposta que os jogadores apresentaram em campo que deixou o treinador mais seguro de seu trabalho. Ele explicou que um dos ensinamentos que tenta passar para o elenco é para que todos se mantenham “mentalmente fortes”. Ele não fica de fora. Revelou que acumulou muita expectativa, mas agora se sente mais confortável com as circunstâncias da Copa.

“Eu falo em termos mentais. Esse (a Copa do Mundo) é um desafio que eu tenho enquanto pessoa, enquanto técnico, enquanto comissão técnica. Eu me elaboro, eu me preparo. A expectativa vem. Em relação ao primeiro jogo, era a minha primeira vez. Nem eu nem vocês esquecem (a primeira vez). Eu tinha vivenciado um Mundial da Fifa, mas aquilo dali foi completamente diferente. Uma coisa é la no clube, outra coisa é a seleção”, lembrou o comandante.

Diante da Bélgica, Tite quer observar uma seleção com o mesmo padrão de jogo que apresentou no triunfo contra o México. Se possível, o técnico espera que os atletas evoluam tecnicamente durante a partida. O que ele não garante é que o nível dos brasileiros será suficiente para conquistar a vitória e avançar na competição, colocando em destaque a qualidade dos rivais.

“Desafio aos atletas e me desafio para manter e crescer. Ficar com a sensação de ter feito o teu máximo, se vai ser superior à partida anterior é uma situação que a gente só vai saber na hora. Às vezes havia jogos que eu vencia e era escolhido como o melhor, mas eu ia dormir pensando: “não, eu jogo mais do que isso”. E eles sabem disso, essa autocrítica do desempenho máximo é o que eu quero. Nos dois últimos jogos, todos os atletas que entraram em campo jogaram bem, isso fortalece a equipe. Mas não dá para medir se é suficiente para vencer porque tem um outro lado com qualidade também”, ponderou.

PÊNALTI É O CÃO

Com a possibilidade de encarar uma prorrogação e até uma decisão nos pênaltis, Tite revelou que a cobrança de penalidade não é a melhor forma de definir qual equipe avançará ou será eliminada na Copa do Mundo. Na avaliação do treinador, a alternativa tem um peso muito grande e mexe com o emocional dos atletas. “Batida de pênalti é o cão. Para mim um jogo de futebol não deveria terminar em penalidades máximas. Não vejo ali um atributo que te credencie a seguir no torneio. Não sei se há outra alternativa. Agora, esse é um fundamento que se treina e é associado ao controle emocional. É um peso muito grande, uma responsabilidade muito grande”, concluiu o treinador.

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