SIMULAÇÃO

Neymar terá trabalho para mudar fama de cai-cai que só cresceu na Copa

Atacante brasileiro foi alvo de inúmeras críticas no Mundial por conta de suas simulações em campo

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Filipe Farias
Filipe Farias
FILIPE FARIAS
Publicado em 09/07/2018 às 8:36
Foto: AFP
Atacante brasileiro foi alvo de inúmeras críticas no Mundial por conta de suas simulações em campo - FOTO: Foto: AFP
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Considerado um dos jogadores mais midiáticos da atualidade, Neymar terá trabalho para reverter a imagem negativa que deixou após a Copa do Mundo. Como se não bastasse o fato de ter apresentado na Rússia um futebol muito aquém do que sabe jogar, as constantes simulações do camisa 10 canarinho em campo não pegaram bem e ganharam uma repercussão mundial. Não só a imprensa internacional como vários ex-jogadores de outras seleções não pouparam críticas ao brasileiro, condenando a sua teatralidade durante todos os jogos disputados pelo Brasil na competição. Até mesmo na eliminação brasileira, contra a Bélgica, o atacante tentou forçar duas jogadas de pênalti. Em todos os lances, inclusive, o árbitro da partida sequer utilizou o recurso do VAR, reforçando ainda mais a fama de “cai-cai” que Neymar pegou e que terá de se esforçar muito para se livrar.

A imprensa espanhola, que acompanhou de perto as atuações de Neymar nas quatro temporadas dele no Barcelona (de 2013/2014 a 2016/2017), foi contundente na avaliação feita do atacante da seleção brasileira na Copa do Mundo. O Mundo Deportivo, da Catalunha, escolheu um trocadilho para traduzir o camisa 10: “Neymal”. Já o outro periódico catalão, o Sport, utilizou um termo comum na Europa ao se referir às simulações em campo: ‘piscineiro’, escrevendo que “Neymar voltou a se atirar na piscina”. No complemento da manchete, reforça que “a estrela da seleção tentou forçar o pênalti em várias ocasiões”.
Ainda na Espanha, mas agora na capital Madri, o Marca analisou que “Neymar sai pela porta do fundo do Mundial e termina um ano para duvidar”. Enquanto que o “AS” destacou que o camisa 10 não ganhou uma jogada individual e esteve irreconhecível quando a seleção mais precisou dele.

Mas as críticas não se restringiram à imprensa espanhola. Em Portugal, o principal jornal do país também utilizou o excesso de simulações do atacante para escrever sua manchete. O periódico A Bola foi sucinto: “Neymar caiu de vez”, com uma foto do jogador no chão reclamando. Já o mexicano Record foi irônico e publicou: “Neymar vai para casa... Viaje com cuidado”. Como imagem, fizeram uma montagem do brasileiro amarrado por adesivos com dizeres de “frágil”, normalmente utilizado quando nas malas que possuem objetos mais delicados, com risco de se quebrar.

IMATURIDADE

No Mundial da Rússia, além da fama de “cai-cai”, o atacante do PSG demonstrou várias atitudes de imaturidade e ainda não se mostrou acostumado com as críticas. Na maioria das vezes, fugiu dos questionamentos dos repórteres e recorria as suas redes sociais para simplesmente desabafar, ao invés de falar com o torcedor. Como aconteceu após marcar o gol contra a Costa Rica e chorar ao apito final. Minutos depois do jogo, o jogador utilizou a sua conta no Instagram para disparar: “Nem todos sabem o que passei para chegar até aqui. Falar, até papagaio fala, agora fazer… poucos fazem”, escreveu. Na comemoração do gol contra o México, nova atitude questionável, se dirigindo às arquibancadas e pedindo silêncio, mostrando incômodo com ouviu durante a partida.

Entretanto, foi na derrota para a Bélgica que Neymar deixou evidente que ele ainda está longe da maturidade. Após a eliminação, silêncio. Blindagem total. Apenas, como de praxe, se expressou na rede social. Desta vez, sem desabafo ou palavras ofensivas. Na mensagem, um texto bem escrito, mas desconexo com a realidade que o atacante passou ao longo da Copa.

Se a intenção de Neymar era utilizar o Mundial para se aproximar do sonho de ser eleito o melhor do mundo, o efeito foi contrário, aumentando a sua antipatia no mundo do futebol. Agora, terá que começar a nova temporada pelo PSG com mais esse preocupação.

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