Este domingo (4) começou com um ar de tristeza no Recife. Cléber Santana, ex-jogador do time da Chapecoense, voltou a Pernambuco de forma definitiva, para o último adeus. O atleta, que nasceu em Caetés III, bairro humilde, no municípo de Abreu e Lima, na Região Metropolitana, saiu daqui e tentava conquistar o continente Sul-Americano através do futebol. Conseguiu. Apesar de não disputar a última partida do campeonato continental pelo time da Chapecoense, que foi vítima de uma tragédia aérea na última terça-feira, Cléber e mais 70 pessoas vitimadas fatalmente foram coroadas campeãs por desportistas do mundo inteiro.
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Desde as 11 da manhã, após o caixão com o corpo do atleta chegar ao Aeroporto Internacional do Recife-Guararapes, na Zona Sul, o pernambucano foi velado por centenas de amigos jogadores, admiradores e familiares. A emoção era incontrolável. O irmão do meia, Cleydson, passou mal. A mãe, a todo instante se mostrava abalada.
As diferenças entre as camisas dos times e a rivalidade foram deixadas de lado. O humano prevaleceu. Torcedores, seja do Santa Cruz, Náutico ou Sport, ali eram apenas pessoas cheias de saudade e de força para transmitir a quem mais sentia a perda.
Atletas como Grafite, Carlinhos Bala, o ex-jogador Sandro e o ex-lateral Russo se fizeram presentes.
A viúva de Cléber veio direto de Chapecó ao Recife. Visivelmente abalada, ela revelou o quão difícil está sendo lidar com a 'morte prematura' do jogador, em pleno os 35 anos.
#JCEsportes Rosângela, viúva de Cléber Santana, diz que a princípio segue morando em Chapecó até os filhos se acostumarem com a perda do pai pic.twitter.com/yVLNXSlPCl
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 4 de dezembro de 2016
Cremação
Com a proximidade do fim da tarde, chegava a hora também do último adeus a Cléber Santana. No trajeto, entre a Ilha do Retiro e o Cemitério Morada da Paz, em Paulista, as homenagens se estendiam nas ruas. Guardado sob as bandeiras de Pernambuco e do Sport, o caixão com o corpo seguiu em sobre o caminhão do Corpo de Bombeiros.
No cemitério, amigos e familiares aguardavam pelo momento da cremação. A emoção mais uma vez é incontrolável. Cânticos são entoados e o menino que saiu da periferia para conquistar o título de campeão da América do Sul cumpre sua jornada.
#JCEsportes Neste momento, o corpo do ex-jogador Cleber Santana segue para o cemitério Morada da Paz, onde ser cremado no final da tarde pic.twitter.com/uaLVbJEMcR
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 4 de dezembro de 2016
Além de Cléber, mais 70 pessoas foram vitimadas fatalmente no acidente aéreo com a equipe da Chapecoense, na última terça-feira (29). As causas do acidente ainda são investigadas. A principal hipótese é de que o piloto tenha decolado sem cobertura de combustível para 'imprevistos' ao longo do trajeto entre a Bolívia e Medelllín, na Colômbia, local onde o time catarinense disputaria a final do Campeonato Sul-Americano com o Atlético Nacional.