História

Maracanã, o palco de grandes espetáculos

Inaugurado em 1950, o estádio tem uma história repleta de momentos antológicos que vão muito além das quatro linhas

Felipe Holanda
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Felipe Holanda
Publicado em 12/01/2017 às 8:22
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Inaugurado em 1950, o estádio tem uma história repleta de momentos antológicos que vão muito além das quatro linhas - FOTO: Reprodução/Internet
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O atual cenário do Maracanã não é bom e  retrato atual de é de abandono que culminou com equipamentos e materiais roubados mesmo após a reforma para a Copa do Mundo de 2014, com custo de mais de R$ 1,3 bilhão em recursos públicos. No entanto, o estádio tem uma história vasta e repleta de momentos antológicos que vão muito além das quatro linhas. Mais que isso, é "nascedouro" de craques, do gol mil de Pelé e dos shows internacionais (Frank Sinatra, em 1980, e Paul McCartney em 1990).

Criado em 1950 para a disputa da Copa do Mundo, o Maracanã é um baú de lembranças que ajudam a contar a trajetória do futebol brasileiro. Ao todo, a Seleção Brasileira já disputou 107 jogos no estádio, com 77 vitórias, 23  empates e apenas 7 derrotas. Entre elas uma das mais doloridas, para o Uruguai na final do mundial.

Sete anos mais tarde, em 7 de julho de 1957, o até então maior estádio do mundo viu os primeiros passos de uma lenda. No clássico entre Brasil e Argentina, um jovem de 16 anos chamou a atenção. Mesmo com a vitória por 2x1 dos Hermanos, Pelé marcou seu primeiro gol como atleta profissional e descontou para os donos da casa.

Já em 1969, no confronto entre Santos e Vasco válido pelo Torneio Gomes Pedrosa (equivalente ao Brasileirão na época), Pelé pôs a mão na cintura à espera do apito do árbitro pernambucano Manoel Amaro de Lima e ficou de costas para o gol vascaíno. Da grande área, avistou os companheiros de time perfilados no centro do gramado, antes de chutar com precisão, à meia-altura, fazendo o milésimo tento de sua carreira.

Se o rei do futebol marcou seu primeiro gol com a camisa da Seleção no estádio, nada mais justo que o Maracanã também fosse a “casa” de seu jogo de despedida. Em 1971, Pelé se aposentou da Verde-Amarela diante da Iugoslávia, no empate em 2x2. Os gols brasileiros foram anotados pelos tricampeões Rivellino e Gérson.

Em 2000, o Maracanã, que ainda tinha seu charme, foi palco do primeiro Mundial de Clubes organizado pela FIFA. Na ocasião, o Corinthians ficou com o título após vencer o Vasco, nos pênaltis, por 4x3.

OUTROS EVENTOS

Fora do futebol, o Maracanã também foi palco de momentos antológicos. Em 1993, por exemplo, o estádio sediou o Grande Desafio de Vôlei entre Brasil e a extinta União Soviética. Com 95 mil pessoas presentes mesmo numa noite de chuva no Rio de Janeiro, a equipe da casa venceu por 3 sets a 1, com parciais de 14-16, 16-14, 15-07 e 15-10.

No âmbito musical, a história não foi diferente. Em 1980, o astro Frank Sinatra se apresentou para 175 mil pessoas no Maracanã em show que mudou os paradigmas de entretenimento no Brasil. Dez anos depois, o ex-Beatle Paul Macartney fez duas apresentações antológicas no estádio.

No ano seguinte, em 1991, a segunda edição do Rock in Rio veio para repetir o sucesso da primeira. No Maracanã, nomes consagrados do rock como Guns N’ Roses, Judas Priest, A-Ha, Billy Idol, George Michael, Jimmy Clif e Carlos Santana levaram os fãs ao delírio. 

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