A semifinal entre Sport e Santa Cruz pelo Campeonato Pernambucano Sub-17 terminou em pancadaria, com um cartão vermelho e onze amarelos aplicados. Aos 39 minutos do 2° tempo, o árbitro Rodrigo Pereira de Lima encerrou o jogo após desentendimento generalizado e hostilidade dos jogadores das duas equipes. Como vencia pelo placar de 2 a 0, o Sport garantiu vaga na final da competição contra o Náutico, enquanto o Santa foi eliminado. O caso será julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambuco/TJD-PE.
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A partida aconteceu na manhã do último sábado, às 10h, no Centro de Treinamentos do Sport, José de Andrade Médicis. Os ânimos ficaram mais exaltados logo após o primeiro gol do Sport, marcado por Julio Cesar, aos 30 minutos do primeiro tempo. Cinco minutos depois, o lateral Jadson, do Santa Cruz, recebeu o cartão vermelho direto por “desferir um soco no rosto do seu adversário”, após disputar uma bola com Helber, segundo relata o árbitro na súmula.
Ainda segundo Rodrigo Pereira de Lima, Jadson deixou o campo sem causar problemas, enquanto Helber recebeu atendimento e seguiu na partida. O Sport ampliou o placar logo em seguida, aos 39 minutos, com gol de Jadson.
Aos 39 do segundo tempo, no entanto, o clima ficou insustentável para a sequência do jogo. De acordo com a súmula da partida, uma confusão generalizada se instalou após uma falta marcada a favor do Santa Cruz. Os jogadores do banco de reservas coral entraram em campo após o lateral tricolor desferir um tapa no peito do atacante Julio Cesar do Sport.
Apesar de não sofrer agressões, o quadro de arbitragem se sentiu ameaçado e optou por encerrar a partida, mesmo com a equipe de segurança particular presente em campo. A alegação de “clima hostil” e os atos de agressões foram relatados, no entanto, nenhum outro jogador recebeu o cartão vermelho.
Ouvido pelo JC, o diretor de competições da Federação Pernambucana de Futebol, Murilo Falcão, garante que o TJD será responsável por julgar os envolvidos, além da manutenção do resultado do jogo. “O caso vai ser analisado para o Tribunal. O jogo terminou e o resultado não será alterado”, destacou, antes de justificar a ausência de policiais militares em campo.
“Nesse campeonato amador não se faz necessário o policiamento. Os jogos devem ser feitos com segurança privada por não ser uma competição profissional”, completa Murilo Falcão.
CONFIRA A SÚMULA NA ÍNTEGRA
Informo que aos 39 minutos do segundo tempo, após a marcação de uma infração em favor da equipe Santa Cruz, o jogador de Nº 06, João Vitor Barbosa dos Santos, da equipe Santa Cruz, desferiu um tapa no peito do seu adversário de Nº 11, Julio Cesar de Souza Silva, e prontamente este árbitro interviu separando os jogadores, evitando a princípio um conflito entre eles. No entanto em consequência desse fato os suplentes da equipe Santa Cruz, entraram rapidamente no campo de jogo, culminando assim uma confusão generalizada entre jogadores de ambas às equipes, e em razão disso os torcedores das duas equipes invadiram o campo de jogo, tornando a presença da equipe de arbitragem no campo, insustentável. Ratifico que a equipe de arbitragem não foi agredida em nenhum momento, sendo protegido por seguranças particulares presente no local. Foi observado que os atletas envolvidos na confusão, cometeram ações de conduta violenta, desferindo socos e pontapés, nos seus adversários e em outras pessoas envolvidas na confusão, sendo possível identificar alguns dos jogadores da equipe Sport Club do Recife, são eles: - Julio Cesar de Souza Silva Nº 11, desferindo pontapés- Jair dos Santo Assis Filho Nº 22, desferindo socos e pontapés- Mateus da Silva Oliveira Nº 21, desferindo pontapés.Já os jogadores identificados da equipe Santa Cruz Futebol Clube, foram: - João Vitor Barbosa dos Santo Nº 06, desferindo pontapés, além de dar um tapa no peito do adversário de Nº 11, já citado- Thiago santos da Silva Soares Nº 01, desferindo socos e pontapés- Heverton Renan Vieira Ramos N 12, desferindo pontapés.Devido ao grande número de pessoas no campo, não identificamos as vítimas das agressões, como também não foi possível apresentar o cartão vermelho aos jogadores envolvidos, devido à confusão generalizada. Informo ainda que a equipe de arbitragem aguardou o tempo regulamentar na tentativa de reiniciar a partida, mas mesmo com a equipe de segurança presente no local, o clima hostil entre as equipes e torcedores impossibilitou o reinício do jogo, e por isso a partida foi encerrada.
