Apesar de ser pouco conhecido nas regiões Norte e Nordeste, o técnico Beto Campos acumula bons trabalhos no Sul do País. Esse ano, no comando do Novo Hamburgo, conquistou o inédito título do Gaúchão ao vencer o Internacional na decisão por pênaltis. Em 2016, o treinador já havia conquistado o acesso à Primeira Divisão gaúcha com o Caxias. Porém, mesmo com os dois feitos, nunca recebeu uma chance num clube grande.
Leia Também
“Conhecia o trabalho do Beto aqui no interior do Rio Grande do Sul, mas ainda não tinha acompanhado como ele era no dia a dia. É um técnico bastante metódico e que valoriza bastante o padrão tático, sem fugir das suas características. No Novo Hamburgo campeão gaúcho, Beto Campos armou um time muito bem defensivamente e que gostava de atacar com muita rapidez. Deu certo. As suas equipes sempre foram ofensivas. Acredito que ele está pronto para treinar um clube fora do Estado”, falou Eduardo Pires, repórter da Rádio ABC, de Novo Hamburgo-RS.
FORMAÇÃO TÁTICA
Com relação à formação tática predileta, Rodrigo Oliveira, da rádio Gaúcha, explicou como o novo comandante timbu conseguiu surpreender a dupla Gre-Nal dentro de campo. “Seus times são bem compactos e organizados. Costuma atuar no esquema 4-1-4-1, com Amaral (que está no Náutico) sendo o primeiro volante. Apesar de ser um padrão tático moderno, Beto não faz o perfil intelectual. É um treinador que fala simples com os atletas”, comentou o repórter.
Já o empresário de Amaral, o ex-atacante Eliomar Marcon, que atuou no Náutico em 2008, também avaliou positivamente a contratação do treinador. “Beto é um profissional muito competente e que já faz um excelente trabalho no Rio Grande do Sul. Tenho certeza que ele irá reverter essa situação que o Náutico atravessa”, falou.
Outro fator valorizado por Campos é a parte física. “Rafael Dias (preparador físico) é muito bom. O Novo Hamburgo jogou o Gaúchão com a mesma formação. Só teve uma lesão na competição. Além disso, os atletas não se cansavam no final do jogo”, frisou Rodrigo Oliveira.
