Como se não bastasse toda a dificuldade dos jogadores do Náutico para tentar livrar o time do rebaixamento (19º, com 17 pontos), agora, o elenco alvirrubro terá de superar mais um obstáculo nessa árdua jornada: a briga política dentro do próprio clube.
Antes de Ivan Brondi realizar o seu pronunciamento renunciando à presidência do Executivo, ontem à tarde, a diretoria timbu se reuniu com todos os atletas, comissão-técnica e funcionários para explicar como será conduzido o clube nesse restante de temporada. Porém, a conversa não foi animadora. Todos os presentes, principalmente os jogadores, deixaram o auditório do CT Wilson Campos bastante cabisbaixos e com semblante de preocupação com a incerteza de dias melhores.
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Apesar das divergências nos bastidores do clube, os diretores da gestão Ivan Brondi esperam que elas não influenciem dentro de campo. “O nosso desejo é que isso não venha a repercutir dentro do departamento de futebol. Esperamos que o elenco possa ser blindado nesse processo de mudanças e que as pessoas que venham a ocupar os cargos diretivos possam ter equilíbrio para realizar essa transição da forma mais tranquila possível”, desejou Emerson Barbosa, então vice-presidente de futebol, mas que colocou o seu cargo à disposição do presidente do Conselho Deliberativo.
Confira o pronunciamento de Ivan Brondi renunciando à presidência do @nauticope. pic.twitter.com/rp0FtAttfX
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 29 de agosto de 2017
Para que essa blindagem possa ocorrer, Alexandre Homem de Melo, diretor de futebol do Náutico, acredita que a rotina precisa ser mantida para não prejudicar no rendimento dentro das quatro linhas. “A folha do mês de julho foi paga ao elenco hoje (ontem) e a dos funcionários será paga na próxima semana. Em cima da decisão do presidente Ivan Brondi vamos manter o planejamento e não mudar o nosso dia a dia que conseguimos organizar com sacrifício. Só assim o elenco ficará blindado e a paz irá reinar”, comentou.
CONTINUIDADE
Sobre a continuação do departamento de futebol no restante da temporada, Emerson Barbosa preferiu deixar a critério do presidente do Conselho. “Essa decisão não cabe a mim e nem ao Alexandre. Ela é única e exclusiva de Gustavo Ventura. Estamos dispostos a ajudar o clube em qualquer situação e independente de cargos”, finalizou o vice-presidente do executivo, que ainda não sabe se permanece.